O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou na noite desta quarta-feira, 19, que a Vale (VALE3) foi “rifada” no processo de privatização e alegou não ser possível dialogar com a empresa. O presidente acompanha a cerimônia de posse da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, no Rio de Janeiro (RJ).
“Poderíamos ter aqui, do nosso lado, a Vale, que foi privatizada e rifada por 899 mil pequenos fundos, e que você não tem um dono para conversar, para discutir. Desde Mariana e Brumadinho até hoje não foi paga a indenização.”
MAIS: Deputado do PT na Câmara afirma que Campos Neto é “bandido e tem que baixar juros”
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui
O fato sobre a indenização de Mariana e Brumadinho que Lula usa para atacar a Vale e forçar aceitação de suas ideologias na empresa, não é como o presidente coloca. O governo Lula tem usado a questão da indenização como moeda de troca junto a mineradora e postergado a questão.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, tem questionado o governo federal de várias formas sobre a postergação do acordo, visto que Minas Gerais precisa que o mesmo seja firmado e Lula não o faz de acordo com Zema que já acionou os órgãos competentes sobre a questão.
ENTENDA: Conselheiro denuncia “nefasta intervenção política” na Vale e renuncia
Lula não quer que o atual CEO da empresa tenha seu mandato estendido, como a maioria do Conselho quer, a decisão já deveria ter sido tomada e não o foi devido as investidas do governo que tenta impor sanções disfarçadas à empresa. Para Lula a Vale deveria ser Estatal sob seu controle.
MAIS: Pressão de Lula na Vale adia sucessão novamente e preocupa conselheiros
Para o presidente, uma empresa grande tem que ter “alguém responsável para que as coisas funcionem”. Lula também voltou a defender a atuação de bancos públicos no impulso do crédito.
“Se não fossem os bancos públicos e a empresa como a Petrobras, a gente teria quebrado, como muitos países, na crise de 2008 e 2009. Fomos o último a entrar na crise e o primeiro a sair”, declarou.