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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux afirmou nesta terça-feira (25) que o Brasil “não tem governo de juízes”. A declaração ocorreu durante o julgamento que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal. Ao apresentar seu voto, Fux destacou que o Executivo e o Legislativo devem se responsabilizar por seus conflitos internos e “arcar com as consequências políticas”.

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“Não se podem desconsiderar as críticas, em vozes mais ou menos nítidas e intensas, de que o Poder Judiciário estaria se ocupando de atribuições próprias dos canais de legítima expressão da vontade popular, reservada apenas aos Poderes integrados por mandatários eleitos. Nós não somos juízes eleitos. O Brasil não tem governo de juízes”, disse o ministro. 

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Fux votou com a maioria, pois aderiu ao entendimento do ministro Dias Toffoli, defendendo que a legislação em vigor é constitucional, mas já descriminaliza o usuário de drogas. O placar final do julgamento ficou em 8 a 3.

“Não se está dizendo aqui que o consumo de drogas é lícito e nem que se pode consumir droga em local público. Nós não vamos transformar o Brasil em uma cracolândia”, disse Fux.

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“Ativismo judicial” e prerrogativa de outros Poderes
O ministro Luiz Fux falou ainda sobre as acusações de “ativismo judicial” enfrentadas pelo Poder Judiciário e, principalmente, pelo Supremo. O magistrado reforçou que o Congresso é a “instância maior” no Estado Democrático.

Ele apontou que a Corte é instada a decidir sobre “questões para as quais não dispõe de capacidade institucional”, quando os demais Poderes e órgãos não definem as regras necessárias. 

Segundo Fux, essa prática expõe o STF a um “protagonismo deletério, corroendo a credibilidade dos Tribunais quando decidem questões permeadas por desacordos morais que deveriam ser decididas na arena política”. 

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“É lá [na arena política] que tem que ser decidido, é lá que se deve pagar o preço social. Não é que nós tenhamos receio, mas nós temos de ter deferência, porque no Estado Democratico a instância maior é o Parlamento”, ressaltou o ministro. 

“Essa disfuncionalidade desconhece que o STF não detém o monopólio das respostas e nem é o legítimo oráculo para todos os dilemas morais, políticos e econômicos da nação. O ministro destacou que o Executivo e o Legislativo devem se responsabilizar por seus conflitos internos e “arcar com as consequências políticas”. 


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