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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e seu rival da oposição, Edmundo González, reivindicaram vitória nas eleições presidenciais, enquanto Washington e outros governos estrangeiros lançaram dúvidas sobre os resultados oficiais que mantiveram o atual presidente no poder.

A autoridade eleitoral nacional disse, logo após a meia-noite, que Maduro conquistou um terceiro mandato com 51% dos votos – um resultado que estenderia um quarto de século de governo socialista.

Mas pesquisas de boca de urna independentes apontavam para uma grande vitória da oposição, depois de demonstrações entusiásticas de apoio a González e à líder da oposição María Corina Machado na campanha.

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A Edison Research publicou uma pesquisa de boca de urna mostrando que González, um ex-diplomata de 74 anos conhecido por seu comportamento calmo, obteve 65% dos votos, enquanto Maduro obteve 31%.

A empresa local Meganalisis previu uma votação de 65% para González e pouco menos de 14% para Maduro.

A oposição e os observadores da pesquisa levantaram questões antes da votação para saber se ela seria justa, dizendo que decisões das autoridades eleitorais e as prisões de membros da oposição tinham o objetivo de criar obstáculos.

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González obteve 70%, disse Machado, que foi impedida de ocupar cargos públicos em uma decisão que ela diz ser injusta.

González afirmou aos seus apoiadores que regras foram violadas no dia da votação.

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“Nossa mensagem de reconciliação e mudança pacífica continua de pé… nossa luta continua e não descansaremos até que a vontade do povo da Venezuela seja respeitada”, disse ele.

Mas incidentes isolados ocorreram em todo o país antes do anúncio dos resultados, incluindo a morte de um homem no Estado de Táchira e brigas em locais de votação em Caracas e em outros lugares. A polícia dispersou um protesto em Catia, tradicionalmente um bastião do partido governista no oeste de Caracas.

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Maduro presidiu um colapso econômico, a migração de cerca de um terço da população e uma forte deterioração nas relações diplomáticas, coroada por sanções impostas pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por outros países, que prejudicaram um setor petrolífero já em dificuldades.

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O presidente argentino, Javier Milei, chamou o resultado oficial de fraude, enquanto a Costa Rica e o Peru o rejeitaram e o Chile disse que não aceitaria nenhum resultado que não fosse verificável.

O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, disse que os detalhes de todas as seções eleitorais deveriam ser apresentados para garantir resultados totalmente verificáveis. “Pedimos que a calma e a civilidade com que o dia da eleição foi realizado sejam mantidas”, declarou ele.

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Rússia, Cuba, Honduras e Bolívia aplaudiram a vitória de Maduro.

O presidente russo, Vladimir Putin, parabenizou Maduro e saudou a parceria estratégica entre os dois países, dizendo que eles continuariam seu trabalho conjunto em questões bilaterais e internacionais.

Não ficou imediatamente claro qual seria o próximo passo da oposição. González também afirmou que não estava convocando seus apoiadores a saírem às ruas ou cometerem atos de violência.

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