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Juízes e magistrados uniram-se à greve para protestar contra a reforma do Judiciário proposta pelo presidente em final de mandato Andrés Manuel López Obrador e geraram tumulto no mercado, com o peso caindo mais de 2%.

A controversa reforma, na qual juízes — incluindo os da Suprema Corte — seriam eleitos pelo voto popular, é uma das maiores prioridades de López Obrador, que considera a medida fundamental para combater a impunidade e a corrupção.

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Os mercados, no entanto, estão no limite desde que o partido da situação Morena conquistou fatia ainda maior do Congresso na eleição de junho do que o previsto, efetivamente garantindo a capacidade de passar reformas constitucionais quando os novos mandatos começarem, no mês que vem.

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“Estamos nos dirigindo para uma crise constitucional sem precedentes, uma crise que, se não for bloqueada, vai deixar cicatrizes profundas”, disse nesta quarta-feira Juana Fuentes, presidente do sindicato de magistrados e juízes. Fuentes disse que a greve vai continuar até que a proposta seja descartada, mas o Judiciário vai continuar atendendo casos urgentes.

Na terça-feira, o banco de investimento Morgan Stanley rebaixou a nota do México para “underweight”, dizendo que a reforma do Judiciário “deve aumentar o risco” e pode afetar o investimento.

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O peso mexicano caiu mais de 2% durante a tarde e a bolsa Mexicana caiu 0.6%.

López Obrador criticou a greve e disse que ela não mudaria sua opinião sobre a reforma.

“Nada está acontecendo com o movimento deles, não importa, porque eles não servem à população”, disse o presidente durante uma coletiva de imprensa matinal regular.

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