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Milhares de pessoas estão reunidas para a manifestação do 7 de Setembro, em São Paulo, para protestar pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e pela defesa da liberdade de expressão. Vestidas de verde e amarelo, elas já ocupam várias quadras da Avenida Paulista. (ASSISTA AO VIVO ABAIXO)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o pastor Silas Malafaia, além de diversos deputados e senadores estão em um carro de som de onde ouviram o hino nacional. Malafaia no momento passa instruções à organização e inflama a população afirmando que Moraes é um “ditador” que está destruindo a democracia.

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Os manifestantes começaram a chegar ao local do ato ainda pela manhã, alguns carregando bandeiras do Brasil e de Israel e cartazes de “Fora Xandão”. Mensagens de agradecimento ao empresário Elon Musk, dono da rede social X que desafiou ordens do Moraes, também eram vistas.

O jornalista americano Michael Shellenberger, que recebeu arquivos secretos do X fornecidos por Elon Musk e mostrou como Moraes mandava a rede social censurar políticos e comunicadores no Brasil, está no evento. “Hoje é um dia muito importante para o povo do Brasil expressar o seu apoio pela liberdade de expressão”, afirmou.

Shellenberger disse que é importante lutar contra a censura e a repressão para que esse mal não se espalhe pelo resto do mundo. Ele discursou em um dos carros de som.

“Ao proibir o X, Lula e Moraes se revelaram ditadores. Eles violaram algumas leis e inventaram outras. Eles aplicam leis contra os seus inimigos e nunca contra os seus amigos e são tão mesquinhos e vingativos quanto os tiranos do passado. Não podemos controlar o que eles fazem, se pudéssemos nao estaríamos aqui hoje. E o que podemos fazer é expressar nosso amor pela liberdade, pelos Direitos Humanos e pela Constituição.

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O ator de performance Beckembauer da Silva Santos, 47 anos, foi protestar vestido de águia da liberdade amordaçada, carregando uma bandeira do Brasil e do X. “Não interessa quem você é, todos têm direito de falar, trabalhar e de se expressar. Ninguém pode ser preso ou multado sem ao menos ter o direito de se defender”, disse ele.

Há uma forte presença da polícia nos arredores. Na avenida Pamplona, policiais militares revistavam as pessoas antes de elas passarem pelas grades que levam à Avenida Paulista.

Bolsonaro passa mal, mas confirma presença no ato da Paulista
Tendo como mote o pedido de afastamento de Moraes, os organizadores do ato esperam que a mobilização deste sábado atraia mais pessoas do que a realizada em fevereiro na Paulista após uma operação da Polícia Federal contra Bolsonaro. O objetivo agora é sensibilizar senadores para a abertura do impeachment e alertar a comunidade internacional sobre abusos nas decisões do ministro do STF.

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Um caminhão de som contratado pelo pastor Silas Malafaia será usado como palanque para os principais discursos do dia, que devem ocorrer nesta ordem: deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Júlia Zanatta (PL-SC), Gustavo Gayer (PL-GO) e Nikolas Ferreira (PL-MG), senador Magno Malta (PL-ES), governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pastor Silas Malafaia e Bolsonaro.

Prestes a ser indiciado pela Polícia Federal por suposta tentativa de golpe, Bolsonaro deve moderar o tom em relação a Moraes, relator do inquérito. “Bolsonaro não me dá satisfação do que fala. Eu acredito que ele não vai falar em impeachment por causa do inquérito. O resto da turma vai pedir. Vai ter pressão”, disse Malafaia.

Na manhã deste sábado, Bolsonaro passou por uma avaliação médica no Hospital Albert Einstein devido a um quadro gripal, mas manteve sua participação no ato da Paulista. Ele saiu do hospital pouco antes do meio dia e retornou ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, onde esta hospedado.

O ex-presidente chegou à Avenida Paulista por volta de 14h15 acompanhado pelo governador Tarcísio de Freitas.

Há previsão de que outros três caminhões de som participem do evento. De um desses veículos, ativistas e mais políticos da direita devem discursar, incluindo o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), autor de um pedido de CPI na Câmara para investigar Moraes; o ex-procurador e ex-deputado Deltan Dallagnol; o juiz aposentado Sebastião Coelho; o jornalista americano Michael Schallenberger, e a candidata a prefeita Marina Helena (Novo).

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A gente precisa retomar a soberania do povo. O povo é supremo e não outros que se acham Supremos. Se o (presidente do Senado Rodrigo) Pacheco não agir ele é tão responsável quando o Moraes pelos arbítrios que estão acontecendo no Brasil, disse o ex-deputado e colunista da Gazeta do Povo, Deltan Dallagnol, ao chegar no evento.

“É maravilhoso ver que as pessoas compartilham do mesmo senso de indignação e de revolta contra uma pessoa que se tornou a essência do mal no Brasil”, disse o jornalista e advogado Marco Antônio Costa, que participa da organização do evento.

O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) disse que ainda está faltando pressão popular sobre os senadores, que são os responsáveis por realizar o processo de impeachment contra Moraes.

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“É só o povo na rua que vai conseguir pressionar os eleitos pelo povo pra fazer o que precisa ser feito. Respeitar a nossa Constituição e exigir o impeachment do Alexandre de Moraes. A gente precisa do povo na rua. Vamos todo mundo dar esse recado para o nosso Senado”, disse Marina Helena, candidata do Novo para a Prefeitura de São Paulo.

“Este é o evento mais importante da história desde a redemocratização. O povo se colocar contra um tirano que estabeleceu uma ditadura do Judiciário”, disse o filósofo e comunicador Adrilles Jorge.

VEJA AO VIVO MANIFESTAÇÃO NA PAULISTA:

Pelo menos 56 deputados federais e senadores confirmaram presença no ato e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também estará presente. Vários candidatos a vereador em São Paulo, ligados à direita, estão levando faixas com seus nomes para o protesto. É esperada também a participação do prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB).



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