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A Boeing pagará à Embraer (EMBR3) um valor bruto de US$ 150 milhões (equivalentes a R$ 835,1 milhões, com base na cotação da última sexta-feira de R$ 5,5672 na venda) relacionado ao processo de arbitragem referente à rescisão do acordo de fusão de aviação comercial em abril de 2020.

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O acordo marca a conclusão de um longo processo de arbitragem iniciado depois que a empresa norte-americana abortou um acordo de US$ 4,2 bilhões para comprar as operações de fabricação de jatos comerciais da Embraer em meio à pandemia de Covid-19.

Mesmo após a realização do acordo, os papéis da companhia caem 5,35%, cotados a R$ 49,15, às 11h35 (horário de Brasília). Afinal, por que o mercado considerou o acordo tão negativo?

Para o Itaú BBA, as expectativas do mercado pareciam mais altas, considerando valores entre US$ 250-300 milhões e, por isso, a reação negativa para os papéis era esperada. Mesmo assim, ainda há fatores para apostar na ação, de acordo com os analistas.

A Embraer pode se beneficiar de novos pedidos comerciais e de defesa e da melhoria na rentabilidade e potencial de alta para margem (de acordo com o apresentado no guidance, as orientações para 2024 fornecidas pela empresa). O BBA também cita como fator de otimismo o fluxo positivo de investidores internacionais, que antes não cobriam a ação, e o ambiente competitivo mais favorável.

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As principais concorrentes, Airbus e a própria Boeing, enfrentam desafios de entrega há algum tempo. Assim, a expectativa do BBA é que o momentum da companhia continue, o que justifica a recomendação outperform (performance acima da média, similar à compra), com preço alvo de US$ 40,00 para os ADRs (American Depositary Receipts) da Embraer.

O Bradesco BBI também avalia que a indenização veio abaixo da expectativa do mercado de US$ 300 milhões. O banco, contudo, não esperava nenhuma reação importante do mercado porque o valor líquido a ser recebido pela Embraer deve ser de US$ 85 milhões (US$ 0,49/ERJ) ajustado para PIS/Cofins (9,25%) e impostos de renda (34%).

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O banco também cita que a diferença em relação ao consenso de mercado representa um impacto menor de 1% no valor de mercado da companhia e continua a prever que a Embraer zerará as perdas acumuladas no patrimônio líquido no segundo semestre de 2024, o que permitiria à empresa retomar a distribuição de dividendos em 2025.

O BBI mantém classificação de equivalente à compra para os ADRs da Embraer, com um preço-alvo de US$ 40,00.

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