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O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, anunciou nesta quarta-feira (2) que decidiu declarar o secretário-geral da ONU, António Guterres, “persona non grata” e proibir sua entrada no país, uma vez que considera que não condenou “de forma inequívoca” o ataque iraniano desta terça (1°).

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– Qualquer pessoa que não possa condenar de forma inequívoca o ataque atroz do Irã contra Israel não merece pôr os pés em solo israelense. Este é um secretário-geral anti-Israel que presta apoio a terroristas, estupradores e assassinos – advertiu Katz no comunicado no qual fez o anúncio.

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Na noite desta terça, minutos após o fim do ataque, Guterres condenou “o crescimento do conflito no Oriente Médio com uma escalada após outra” e reiterou a necessidade de um cessar-fogo.

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– Isto tem de parar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo – escreveu, sem mencionar diretamente o Irã.

O ministro Katz também acusou o líder da ONU de não ter denunciado as atrocidades do Hamas durante o ataque múltiplo de 7 de outubro e “as atrocidades sexuais cometidas” pelos seus terroristas.

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Esta não é a primeira vez que o ministro das Relações Exteriores toma medidas contra líderes políticos. Em fevereiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também foi declarado persona non grata depois de descrever a guerra em Gaza como um genocídio comparável ao Holocausto nazista.

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Um relatório do Gabinete das Nações Unidas para os Direitos Humanos, publicado em 23 de fevereiro, concluiu que o grupo islâmico Hamas e outros grupos armados palestinos cometeram violações em grande escala do direito internacional nos dias 7 e 8 de outubro, entre elas abusos, agressões sexuais e tortura.

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Da mesma forma, em 24 de outubro de 2023, em uma sessão do Conselho de Segurança da ONU, Guterres condenou o ataque do grupo palestino que deixou 1.200 mortos e 251 sequestrados, mas afirmou que essas ações não surgiram do nada, mas sim após décadas de ocupação.

Essas declarações, na época, também causaram indignação no governo israelense, que, já então, declarou a ONU persona non grata.

– Recusaremos a emissão de vistos para representantes da ONU – disse o embaixador de Israel na organização, Gilad Erdan, em retaliação.

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