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Funcionários públicos do Tesouro Nacional protestaram nesta quinta-feira (3) durante a apresentação dos dados do resultado primário do governo federal, na sede do Ministério da Fazenda.

Na ocasião, eles usaram nariz de palhaço e seguraram cartazes com as frases “o governo não sabe o tesouro que tem” e “acordo se cumpre: nível superior para os técnicos”, entre outras. O protesto é devido a falta de acordo de ajuste salarial.

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Em greve desde agosto deste ano, os auditores e técnicos federais de finanças cobram a reabertura de negociações para aumento salarial. Uma das exigências é igualar os salários a outras carreiras de outros órgãos, como Polícia Federal, Receita Federal e Tribunal de Contas da União (TCU).

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Durante o anúncio do resultado primário do governo, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, parabenizou o protesto e disse que são legítimas as reivindicações dos servidores de forma “respeitosa” e “correta”. 

Segundo a categoria, houve evasão de funcionários nos últimos anos por falta de valorização salarial. 

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No último acordo com o governo federal, foi proposto o reajuste de 23% dos auditores federais em duas parcelas: uma em janeiro de 2025 e outra em abril de 2026.  Já os técnicos federais de finanças e controle teria um aumento de 24% no mesmo período. Também foi sugerido pelo Ministério da Gestão e Inovação a ampliação de 13 para 20 nos níveis na tabela de progressão remuneratória. 

No entanto, o Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais e Finanças e Controle (Unacon Sindical) não aceitou as propostas do governo, por defender um reajuste e a manutenção da tabela com 13 níveis e a equiparação salarial com outros órgãos.  Além disso, também pede a exigência de nível superior para técnicos federais de finanças e controle. O último encontro de tentativa de acordo ocorreu na última terça-feira (1º).

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Impactos da greve no Tesouro 
A greve dos funcionários do Tesouro tem impactado a venda de títulos e o funcionamento de alguns programas como o de Fortalecimento da Agricultura Família (Pronaf), o de Financiamento à Exportação (Proex) e o de Garantia da Atividade Agropecuária (ProAgro). 

Sem a venda de títulos públicos, o Brasil perde a sua credibilidade perante as agências de classificação de risco. Ainda não há previsão sobre um novo acordo.

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