O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,54% em outubro, segundo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (24). O número indica uma aceleração em relação à alta de 0,13% apurada em setembro.
A prévia da inflação acumula alta de 3,71% até o décimo mês do ano e de 4,47% em 12 meses. No mês passado, esses números eram de 3,15% e 4,12%, respectivamente.
O IPCA-15 veio acima das expectativas do mercado. As projeções do Broadcast apontavam para um avanço mensal de 0,51% e anual de 4,43%.
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O acumulado de um ano do índice se aproxima do teto da meta de inflação, mas segue dentro do intervalo perseguido pelo Banco Central em 2024. O alvo é 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.
Os grupos do IPCA-15
A maior variação e o maior impacto positivo no IPCA-15 de outubro vieram do grupo habitação, com 1,72% e 0,26 ponto percentual (p.p.), respectivamente. O aumento de 5,29% nos preços da energia elétrica residencial e de 2,17% nos preços do gás de botijão contribuíram para a alta.
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Os grupos alimentação e bebidas (0,87% e 0,18 p.p.) e saúde e cuidados pessoais (0,49% e 0,07 p.p.) completam o ranking das três maiores variações neste mês.
A alimentação fora do domicílio, por sua vez, subiu 0,66% em outubro, impactada pelos aumentos nos preços da refeição (de 0,22% em setembro para 0,70% em outubro) e do lanche (de 0,20% para 0,76%).
Já em saúde e cuidados pessoais, o subitem plano de saúde subiu 0,53%. Houve aplicação de reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados.
Em alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio teve aumento de 0,95%, após três meses consecutivos de queda. Os aumentos do contrafilé (5,42%), do café moído (4,58%) e do leite longa vida (2,00%) impactaram o desempenho do grupo. No sentido oposto, destacaram-se a cebola (-14,93%), o mamão (-11,31%) e a batata-inglesa (-6,69%).