Em nota a direção dos Correios explicou que a paralisação das atividades foi uma decisão preventiva e que busca preservar a segurança dos funcionários. “O imóvel onde funciona o Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas dos Correios em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), foi desocupado pela estatal no último dia 11, de maneira preventiva, devido ao aumento das chuvas na região. A medida não trouxe qualquer impacto para as operações, já que há um plano estabelecido de continuidade de negócios.
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Diante da comunicação, a equipe de gestão do fundo afirmou que uma equipe técnica realizou vistoria no imóvel quatro dias depois – momento em que os Correios comunicaram a interrupção total das atividades.
“O Locatário não apresentou nenhum relatório técnico que justificasse a interrupção da sua atividade”, sinaliza documento divulgado pelo TRBL11. “Por outro lado, o fundo possui relatórios de engenharia que atestam a regularidade do imóvel”, complementa o texto.
Nesta semana, porém, começaram a circular em fóruns de investidores de FIIs imagens de um suposto laudo encomendado pelo FII e datado de março deste ano que apontava problemas no ativo. O documento citava portas corta-fogo danificadas, fissuras em partes do piso e da alvaneria e anomalias no pavimento, entre outros itens.
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Ainda segundo o comunicado, o FII de logística – que conta com quase 60 mil cotistas – aguarda também parecer da Defesa Civil local, que realizou nova vistoria no empreendimento.
A Rio Bravo Investimentos gestora do FII, afirmou que foi iniciado um monitoramento do ativo há cerca de um ano.
De acordo com a Rio Bravo, o trabalho incluía “medições topográficas e verificações visuais da estrutura, onde, a todo momento, foi confirmada a estabilidade do imóvel”.
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Desde que anunciou a interdição parcial de um de seus imóveis na semana passada, o Tellus Rio Bravo Renda Logística (TRBL11) tem sofrido na bolsa. E as cotas do fundo imobiliário voltaram a cair forte nesta quinta-feira (24), dia em que saiu um novo comunicado a respeito do tema.
O FII chegou a recuar mais de 6% no mercado secundário mais cedo e liderar o ranking de maiores quedas do IFIX — índice que reúne os principais fundos imobiliários da B3 —, mas reduziu as perdas ao longo do pregão e fechou o dia com perdas de 0,8%. Com isso, o TRBL11 acumula um recuo de cerca de 7,8% nos últimos cinco dias.
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Qual a situação atual do imóvel?
fundo imobiliário também publicou mais cedo um novo fato relevante assinado pela Rio Bravo e pela Tellus, que também gere o FII, para tratar de perguntas e respostas sobre o ativo de Contagem.
A publicação detalha a extensão dos danos sofridos, citando que identificou o adensamento de parte do aterro do empreendimento. Esse fenômeno levou ao surgimento de patologias em parte da estrutura, tais como as trincas na alvenaria de vedação e piso e abertura das juntas de dilatação.
Ainda de acordo com o fato relevante de hoje, o locatário é contratualmente responsável pelas manutenções preventivas, corretivas e preditivas do imóvel.
Mas, segundo a gestão, não realizava as manutenções necessárias e o fundo precisou assumir algumas atividades “em prol da habitabilidade e segurança” do ativo.
Procurados para comentar a afirmação, os Correios afirmaram estar estabelecido em contrato que “a responsabilidade por reparos estruturais é do locador e não dos Correios, a quem cabe apenas manutenção”.
A companhia diz que realizou, em abril de 2023, uma reunião com o locador do imóvel para informar sobre os problemas e pedir providências. A solicitação foi formalizada em junho daquele ano e reforçada em janeiro e março de 2024.
“Em abril, houve mais uma reunião e, em junho, os Correios informaram formalmente a abertura de processo administrativo para aplicação de penalidade ao locador. Após todas essas reiterações sem que o locador adotasse providências, os Correios, de maneira preventiva, desocuparam o prédio no último dia 11 devido ao aumento das chuvas na região”.
Já o fundo diz que estava com um projeto de intervenção na área de influência do aterro já em aprovação na prefeitura do município, cujo protocolo foi realizado em agosto de 2024.
O comunicado diz ainda ainda que o dano está concentrado em edificações de suporte à operação do galpão correspondentes a cerca de 1% da área locável e sem impacto direto na operação logística do inquilino.
“Assim que a gestão tomou conhecimento do ocorrido, os times da Rio Bravo e da Tellus, junto com o time de engenharia técnica, foram mobilizados para acompanhamento in loco. Reforçamos que a gestão também já vinha fazendo reparos e monitoramentos no imóvel há meses.”
Anita Scal, sócia da Rio Bravo, acrescenta, na nota enviada ao SD, que, por se tratar uma obra emergencial, os custos serão inicialmente arcados pelo fundo para da celeridade ao processo e evitar maiores prejuízos ao empreendimento e investidores.