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A Vale (VALE3) apresentou resultados em queda no 3T24, isso já era amplamente esperado, especialmente pela desvalorização do minério de ferro no período. Ainda assim, tivemos alguns pontos positivos.

A receita líquida da Vale atingiu US$ 9,5 bilhões, com queda trimestral de -4% e anual de -10%. A desvalorização do minério de ferro foi preponderante para esse recuo, que foi parcialmente compensado por maiores volumes e prêmios de qualidade.

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No trimestre, observamos uma redução significativa de -17% no custo caixa C1 na comparação com o 2T24, o que é explicado pelo melhor volume após as paradas para manutenção no primeiro semestre – vale a pena ressaltar que o custo de produção C1 atingiu US$ 18,2/tonelada em setembro, bem abaixo da média de US$ 22,9/ton nos primeiros 9 meses de 2024 e indica uma boa performance para o 4T.

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No entanto, esses efeitos foram parcialmente compensados principalmente pelo aumento nos custos com frete e giro de estoques, e os custos e despesas totais caíram apenas -2% tanto na comparação trimestral quanto anual.

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Afetado principalmente pela queda da receita, o Ebitda da Vale atingiu US$ 3,7 bilhões, recuo de -21% vs 2T24 e -6% vs 3T23, superando em aproximadamente US$ 200 milhões o consenso. Por outro lado, o Fluxo de Caixa Livre foi de apenas US$ 179 milhões, afetado pelos estoques que devem ser revertidos em vendas no último trimestre.

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Olhando apenas para a divisão de metais básicos, que segue em fase de ajustes e melhorias operacionais, o Ebitda recuou -36% em relação ao 3T23, também explicado pela queda de preços do cobre e do níquel. Mas é importante ressaltar que, depois de vários trimestres com desempenho muito abaixo das expectativas, a produção de metais básicos já começou a mostrar melhorias no 3T24, e será uma das prioridades da nova gestão.

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Em linha com o recuo do Ebitda, o lucro líquido da Vale também caiu no trimestre, para US$ 2,4 bilhões (-16% ante o 3T23), mas ficou acima das expectativas, também ajudado pela venda de 50% da JV de distribuição em Omã para a Apollo.

Outra novidade interessante foi a provisão adicional extra de US$ 1 bilhão relacionada à Samarco, enquanto o mercado esperava um impacto um pouco maior (entre US$ 1,5 – 2 bi), e também mostra que um acordo com a União é iminente e em breve se tornará um peso a menos para os papéis.

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Apesar da queda de resultados, o que já era amplamente esperado, vimos algumas melhorias principalmente relacionadas aos custos, que se somam aos bons volumes de produção que já tinham sido adiantados na prévia. Em breve, também devemos ver uma resolução com a União envolvendo a Samarco e, aos poucos, a Vale vai endereçando várias das preocupações que ainda pairam sobre a tese.

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