O Bitcoin sobe nesta terça-feira, 29 de outubro, cotado acima de US$72 mil, ultrapassando o patamar de R$400 mil pela primeira vez na história. Às 13h21 (de Brasília), a criptomoeda avançava mais de 5% em 24 horas, cotada a US$72.457.
“Isso mostra que a forma como as moedas locais (como o real brasileiro) se comportam em relação ao dólar também têm uma parcela importante de influência no valor do bitcoin. Assim, numa economia como a do Brasil, quando o real desvaloriza, o Bitcoin pode estabelecer novos marcos”, aponta Gabriel Alves, VP Global de Produto da Bitso.
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Beto Fernandes, analista da Foxbit, entende que, nas próximas semanas, a criptomoeda deve enfrentar volatilidade, diante da divulgação de dados econômicos americanos e eleição nos EUA.
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“Temos que ser realistas sobre onde estamos como país… Essas são circunstâncias”.
“Ou seja, esses elementos podem oscilar o humor do investidor que, hoje, está voltado para o risco. O que pesa a favor de uma continuação da alta é que a demanda pela criptomoeda está forte há, pelo menos, três semanas”, destaca Fernandes.
Como os investidores institucionais seguem adicionando volumes de capital robustos com compras de Extrange Traded Funds (ETFS), se a tendência permanecer, a criptomoeda deve continuar subindo.
“Muitos podem achar o Bitcoin caro em R$ 400 mil. Porém, o Bitcoin também estava caro em R$ 350 mil para alguns. Então, a decisão depende do gerenciamento de risco de cada um”, argumenta.
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Investidores de criptomoedas estão atentos às eleições americanas e seus impactos nos ativos digitais. Para o grupo suíço Julius Baer, o Bitcoin deve seguir avançando se as probabilidades de uma vitória republicana continuarem a crescer, enquanto “uma vitória menos provável dos democratas poderá resultar numa venda generalizada”.
Para Manuel Villegas, analista de ativos digitais do Julius Baer, a perspectiva para a política monetária americana também deve influenciar na trajetória dos ativos de risco, incluindo o Bitcoin.