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O Banco Central da Rússia Comunista(BCR) anunciou, na sexta-feira (25) de novembro que vai aumentar a taxa de juros de referência de 19% para 21%, o nível mais elevado desde 2003, em uma tentativa de conter a inflação elevada, que atingiu 8,6% em setembro, segundo dados oficiais.

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“É necessário um novo endurecimento da política monetária para garantir o retorno da inflação ao objetivo (de 4%) e reduzir as expectativas inflacionárias”, explicou o BCR em comunicado para justificar a decisão. 

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O último aumento desta magnitude remonta ao final de fevereiro e início de abril de 2022, quando o banco aumentou urgentemente a taxa para 20% para proteger a economia russa das sanções ocidentais impostas em retaliação ao ataque de Moscou à Ucrânia.

Desde então, a diretora do BCR, Elvira Nabiullina, reitera o seu compromisso de reduzir de forma sustentável a inflação, que afeta o poder de compra dos russos.

O aumento dos preços, impulsionado pelo aumento do gasto público destinado a apoiar a ofensiva na Ucrânia, atingiu 8,63% em setembro, segundo a agência de estatísticas Rosstat, bem acima da meta oficial de 4%.

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Para conter este aumento, o BCR já tinha aumentado a sua taxa de 18% para 19% em meados de setembro.

O aumento dos gastos públicos, vinculado a pedidos do complexo militar-industrial para equipar o Exército russo na Ucrânia, alimentou durante meses um ciclo de aumentos nos salários e no consumo das famílias.

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Desde 2021, o orçamento federal cresceu quase 50%, com bilhões de euros destinados ao Exército, aos soldados e às suas famílias, assim como às empresas de armamento, o que permite à economia resistir às sanções, mas também contribui para a inflação nos produtos de consumo diário.

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No seu comunicado, o BCR apontou “os gastos fiscais adicionais e o aumento do déficit orçamentário federal projetado para 2024”, que, segundo a instituição, têm “efeitos pró-inflacionários”.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou em alta as suas previsões de crescimento para a Rússia no final do ano, estimando um aumento de 3,6%, antes de uma desaceleração esperada para 2025.

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