O governo brasileiro estuda a possibilidade de enviar ajuda para Cuba que vive uma grande crise de abastecimento e apagões. De acordo com uma reportagem da Folha de S.Paulo, interlocutores do governo falam em enviar alimentos, combustível e remédios para a ilha.
O assunto teria sido discutido com o ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, nesta terça-feira (29), junto ao chanceler cubano Bruno Rodriguez. Ambos estão em Nova Iorque para participar de reuniões na ONU.
Quando Vieira retornar ao Brasil, a ajuda será discutida com outros ministérios para poder viabilizar os envios sem que isso venha a ferir o embargo imposto pelos Estados Unidos. Embargo este que já foi criticado pelo chanceler brasileiro.
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– É evidente que as severas sanções impostas injustificadamente a Cuba, tanto pelo embargo quanto por sua inclusão na lista de Estados patrocinadores do terrorismo, contribuíram ainda mais para agravar essa situação – disse Vieira na ONU.
Ele acusa também as medidas dos EUA de penalizarem o povo cubano e ainda impedir uma “resposta adequada à crise humanitária gerada pelo furacão”.
Ditador amigo de Lula massacra povo cubano
Em 2023, 37,8 por cento dos habitantes de Cuba sofreram insegurança alimentar. A média estimada da lacuna alimentar no país era de 225 calorias per capita por dia, muito longe do limiar calórico diário de 2.100 quilocalorias por pessoa, segundo uma pesquisa do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
No entanto, devido à incerteza em relação aos dados oficiais sobre o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) de Cuba vistos que ditaduras mascaram os números para parecerem países normais e enganar a sociedade, os pesquisadores consideraram um cenário com PIB per capita ajustado (baseado no PIB per capita médio da sub-região do Caribe) e estimaram que 37,8% da população de Cuba (4,2 milhões) teria sofrido insegurança alimentar durante o ano passado.
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O 89 % das famílias cubanas sofrem de pobreza extrema, revelou o VII Informe sobre o Estado dos Direitos Sociais em Cuba 2024, apresentado em julho último pelo Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH). O número representa um ponto percentual a mais do que em 2023 e 13 % a mais do que em 2022.
Protestar nas ruas é uma alternativa apenas para os destemidos. A última onda de manifestações, em 2021, foi duramente reprimida pelo governo ditador e muitos acabaram presos.
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A ditadura de Cuba ostenta luxo e o povo morre de fome
Internautas viralizaram uma foto da primeira-dama de Cuba, Lis Cuesta Peraza, na qual ela ostenta uma bolsa de grife. Esposa de um presidente comunista, Miguel Díaz-Canel, Lis carregava o item da grife francesa Hermès, avaliado em 8,5 mil euros, aproximadamente R$ 50 mil, na época.
A imagem é um registro da visita que Peraza, acompanhada do marido, fez ao México em 2019. O canal de notícias CDN, da República Dominicana, e o jornal mexicano Monitor Expresso deram destaque para o objeto caro.
Internautas criticaram a primeira-dama, apontando que um cidadão cubano teria que trabalhar por décadas para conseguir comprar algo do valor da bolsa.
Líder do Partido Comunista de Cuba, Miguel Díaz-Canel, amigo de Lula é presidente do país desde 2019.