O mercado espera que a inflação acumulada em 12 meses do Brasil acelere em novembro para 4,84%, segundo a mediana das projeções. O valor está acima da margem de tolerância da meta estabelecida para o indicador (4,5%). A estimativa mais baixa para o índice foi do economista Helcio Takeda, da Pezco Economics. Ele calcula uma variação de 4,72% nos preços. Ainda está além do teto da meta.
LEIA: Primeira-dama gasta R$ 4 mil por hora desde 2023, segundo “janjômetro”
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgará o resultado oficial do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) na terça-feira 10. No dia seguinte, o Banco Central dirá qual o novo patamar da taxa básica de juros. Um assunto se relaciona ao outro. A função da autoridade monetária é colocar a inflação no centro da meta (3%), mas com espaço para entrar na “banda” de 1,5 ponto percentual.
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.
LEIA: Ifix tem pior dia de 2024 e Fundo imobiliário vende ativo desocupado
Se a inflação vier acima do objetivo estabelecido pelo governo ou acima do esperado, o Banco Central precisa elevar os juros na tentativa de frear o avanço dos preços. O crédito mais caro desacelera o consumo e a produção. Como consequência, os índices não crescem tão rápido. Esses efeitos, entretanto, são observados a longo prazo. O IPCA de novembro deve ser impactado pelos preços de energia. Espera-se que mudança da bandeira tarifária vermelha para amarela na conta de luz traga um alívio para o indicador.
MAIS: Real volta a se desvalorizar e Bolsa brasileira cai junto
O Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, mapeia as expectativas do mercado financeiro para uma série de indicadores econômicos. A edição de 2 dezembro mostra uma inflação de 4,71% ao final de 2024.
LEIA: Escândalo: Conflito de interesses e governança do Itaú não será comentado pelo Banco Central
O IPCA de novembro deve ser impactado para cima pelo segmento de alimentação e bebidas, como foi observado no IPCA-15. O índice é tido como uma prévia da inflação oficial. “Esperamos que o IPCA apresente variação de 0,28% em novembro, refletindo também os menores custos com energia elétrica devido à mudança na bandeira tarifária”, disse ao Poder360 André Valério, economista do banco Inter.
AINDA: Grupo O Globo faz matéria “porca com mentiras” e Bolsonaro desafia emissora
A inflação anualizada de outubro foi de 4,76%. Ou seja, haveria uma aceleração na taxa de novembro caso as estimativas do mercado se confirmem. A mediana das projeções para o mês novembro indicam uma alta de 0,35% no IPCA. É menor que os 0,56% observados em outubro.