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As viagens internacionais realizadas por militares brasileiros em 2024 geraram despesas de R$ 45 milhões para os cofres públicos, provocando críticas sobre os altos custos e a necessidade dessas missões. Entre os destinos mais visitados, Washington, Lisboa e Londres somaram milhões em gastos, com eventos voltados para capacitação, estudos estratégicos e cooperação internacional.

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Dentre as viagens, destacam-se três missões que, juntas, consumiram R$ 3 milhões:

  • Washington (novembro): Uma missão de campo envolvendo 46 militares custou R$ 1,3 milhão. Outra viagem, com 101 participantes em um estudo estratégico, gerou R$ 597 mil.
  • Lisboa (outubro): Uma missão acadêmica com 45 estagiários do curso de Política e Estratégia resultou em R$ 1 milhão em despesas.

No acumulado, Washington sozinha representou R$ 5,4 milhões, enquanto Lisboa somou R$ 2,6 milhões e Londres, R$ 1,14 milhão.

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  1. Washington (13 a 20 de outubro): Organizada pela Escola Superior de Defesa, a missão contou com visitas a instituições como a National Defense University e o Colégio Interamericano de Defesa. Participaram 62 oficiais superiores, um general, 17 servidores do Ministério da Defesa e 21 outros não identificados. Os custos chegaram a R$ 462 mil em diárias e R$ 50 mil em seguro viagem, com transporte não detalhado.
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  3. Washington (21 de setembro a 1º de outubro): Focada na capacitação de oficiais em Política, Estratégia e Alta Administração, essa missão reuniu 45 oficiais superiores, um general e um servidor. O total gasto foi de R$ 1,28 milhão, com R$ 263 mil em passagens, R$ 999 mil em diárias e R$ 25 mil em seguro viagem.
  4. Lisboa (12 a 17 de outubro): Voltada para a interação acadêmica e cooperação internacional, a viagem envolveu 44 oficiais superiores e três generais. O custo foi de R$ 1 milhão, incluindo R$ 480 mil em diárias e R$ 583 mil em passagens.
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O transporte de familiares de militares também representou despesas consideráveis, totalizando R$ 3,2 milhões. Apenas o retorno de dependentes de Washington para o Brasil custou R$ 670 mil.

Os elevados gastos têm gerado questionamentos de especialistas e parlamentares, especialmente sobre a falta de informações detalhadas acerca dos resultados das missões. O Ministério da Defesa não divulgou os meios de transporte usados em algumas viagens nem a identidade completa de todos os participantes.

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A polêmica reacendeu o debate sobre a necessidade de maior controle e transparência no uso de recursos públicos, especialmente em um cenário de restrições fiscais no Brasil. O Ministério da Defesa ainda não se pronunciou sobre as críticas.

Enquanto isso, a sociedade espera explicações sobre os impactos práticos dessas missões e a proporcionalidade dos valores desembolsados em um ano de intenso deslocamento internacional dos militares brasileiros.

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