O Diretório Nacional do PT aprovou uma resolução que pede o enfrentamento ao que chamou de “artimanhas da Faria Lima”. O documento declara que as especulações do mercado financeiro são as responsáveis pela alta do dólar e credita ao Banco Central, nominando o presidente Roberto Campos Neto, o papel de “sabotar” os resultados da economia, que estaria colhendo resultados positivos com a redução do desemprego e da pobreza.
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O texto diz que as especulações empreendidas no âmbito da Faria Lima seriam responsáveis por “minar conquistas econômicas e sociais”. E sem mencionar o pacote de corte de gastos do ministro Fernando Haddad, afirma que “os especuladores agiram após ficarem sabendo que as medidas fiscais (…) incluíam a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais” – o que seria “uma manobra claramente política para debilitar o governo”.
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O posicionamento reforça o que a presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann, já havia declarado dias atrás quanto às críticas que o governo sofreu do mercado financeiro após anunciar as medidas para cortar gastos. “Lula está certo e tem compromisso com o país, não com os interesses da Faria Lima”, disse ela nas redes sociais, respondendo a uma crítica do economista Marcos Lisboa de que os investidores estão desistindo do Brasil porque o governo não entrega solidez fiscal.
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Mas não apenas críticas ao mercado financeiro pautaram a reunião do PT e a resolução que dela resultou culpabilizando a Faria Lima. Após o evento, Gleisi Hoffmann também deu declarações sobre o posicionamento contrário do governo à anistia dos presos do 8 de Janeiro e o poder de pacificar o Brasil, como acredita o ex-presidente Jair Bolsonaro – que apelou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela causa.
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“A paz que eles querem é a paz dos cemitérios, de preferência com nós todos lá. Então não dá pra aceitar isso não, queriam matar o Lula, gente, é muito grave”, afirmou em coletiva. A presidente do PT já havia feito essa mesma declaração em postagem em suas redes sociais, uma semana atrás. No Instagram, ela publicou: “Que ninguém se engane quando Bolsonaro, seus filhos e seus cúmplices pedem anistia em nome da ‘pacificação nacional’ (…) Querem impunidade para continuar aterrorizando o país. Sem anistia!”.
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A resolução resultante da reunião do diretório, que ainda pode sofrer emendas de outras correntes do partido, também pede mudanças nas estratégias de comunicação do governo, que é alvo de críticas do próprio presidente Lula por permitir que “a extrema-direita tenha mais espaço nas redes sociais” do que a esquerda.