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A Advocacia-Geral da União (AGU) acionou a Polícia Federal (PF) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para investigar publicações feitas nas redes sociais que, segundo o órgão, disseminaram informações falsas que possivelmente impactaram o mercado financeiro. As mensagens atribuíram declarações fictícias a Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central (BC), e que segundo a jornalista Daniela Lima da Globo News e o Ministro de Lula Paulo Pimenta, teriam contribuído para a disparada do dólar, que fechou a R$ 6,26 na quarta-feira (18).

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As narrativas sobre os culpados da alta do dólar surgem em momento que Lula tem sua menor popularidade no cenário nacional devido aos problemas da economia e seus aliados tentam culpar a terceiros.

De acordo com a AGU, o conteúdo veiculado pelo perfil na rede social X (antigo Twitter) sugeria que Galípolo teria dito que “a moeda dos Brics nos salvaguarda da extrema influência que o dólar exerce no nosso mercado”. A frase foi desmentida prontamente pelo Banco Central, mas já havia gerado ampla repercussão em páginas especializadas e entre investidores, o que pode ter contribuído para aumentar a volatilidade da moeda.

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A AGU destacou em ofício que as publicações “trazem posicionamentos desprovidos de qualquer fundamento”, mas que impactaram negativamente o mercado financeiro, causando alta no dólar e incertezas para investidores. A disseminação de notícias falsas pode ter intensificado as especulações, que já estavam altas devido ao cenário internacional e doméstico.

O governo Lula avalia que a circulação dessas informações faz parte de uma tentativa de manipulação de mercado ou de desestabilização econômica, especialmente em um momento de alta volatilidade.

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Entretanto, o mercado financeiro se pauta em fatos robustos para suas movimentações e querer culpar as redes sociais por isto já foi descartado até pelo próprio Galípolo.

Nos ofícios enviados, a AGU solicitou que a PF e a CVM identifiquem os responsáveis pelas postagens e apurem possíveis intenções de manipulação de mercado. Caso sejam confirmadas ações deliberadas, os autores podem responder por crimes contra o sistema financeiro e de divulgação de informações falsas.

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