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Empresas estatais brasileiras destinaram até R$ 83,45 milhões para a realização da cúpula do G-20 e do festival cultural apelidado de “Janjapalooza”, segundo informações do acordo de cooperação internacional entre Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (Caixa), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Petrobras e a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) onde Janja ganhou cargo. A informação foi divulgada pelo Estadão.

Empresas privadas não tiveram interesse em patrocinar os eventos mencionados.

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O acordo previa que cada estatal aportasse até R$ 18,5 milhões, somando R$ 74 milhões. No entanto, apenas a Petrobras informou ter desembolsado um valor inferior, de R$ 12,95 milhões. Além disso, a Itaipu Binacional, que não integra o acordo, investiu R$ 15 milhões no evento, totalizando R$ 83,45 milhões.

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Os documentos obtidos pelo Estadão indicam que o festival cultural “Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza”, apelidado de “Janjapalooza”, consumiu R$ 28,3 milhões, enquanto a Cúpula Social custou R$ 27,2 milhões. A reunião de líderes, o evento principal, ficou com uma fatia menor: cerca de R$ 13 milhões.

Os gastos com o festival incluem cenografia e infraestrutura (R$ 7,9 milhões) e locação de equipamentos (R$ 5,1 milhões), além de uma taxa de administração de 8% cobrada pela OEI, onde Janja ganhou cargo, que pode alcançar R$ 5,4 milhões. Questionada, a OEI não respondeu.

A primeira-dama, Janja Lula da Silva, esteve envolvida na curadoria do festival, mas se irritou ao ouvir o apelido “Janjapalooza” de uma pessoa na plateia: “Não, filha. É Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Vamos ver se consegue entender a mensagem, tá?”, disse.

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O BNDES, Banco do Brasil (BBAS3), Caixa e Petrobras afirmaram que o evento seguiu as normas. A Petrobras (PETR3;PETR4) declarou que os R$ 12,95 milhões desembolsados foram destinados exclusivamente à Cúpula de Líderes e à Cúpula Social, negando o uso de recursos no festival.

O BNDES afirmou que os gastos estão sendo auditados e que o evento atraiu R$ 25,3 bilhões em investimentos para o Brasil, mas não explicou onde o valor do investimento será usado nem mesmo que vai investir o referido valor. Já o Banco do Brasil destacou que firmou acordos de até R$ 4 bilhões em projetos sustentáveis. A Caixa ainda calcula o valor final dos aportes.

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O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu investigação sobre os aportes com base em pedidos de congressistas da oposição. As estatais alegam que os valores finais só serão divulgados após a conclusão da prestação de contas pela OEI.

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