A inflação é diferente para cada faixa de renda da população. O motivo é a cesta de consumo das famílias. Enquanto o orçamento das mais pobres é mais impactado por alimentos, energia elétrica e transporte públicos, os ricos têm maior influência de outros produtos, como passagens aéreas, planos de saúde e combustíveis. O grupo alimentos e bebidas elevou a inflação das famílias de baixa renda em 2,29 pontos percentuais em 2024. Enquanto isso, os domicílios de alta renda tiveram impacto de 0,94 ponto percentual.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito com a promessa de colocar o pobre no Orçamento e prover preços baixos para a picanha e cerveja em churrascos de fins de semana.
Passados 2 anos do petista no Planalto, o resultado não foi o esperado. Dificuldades para pagar as despesas do governo e uma injeção de dinheiro público na economia levaram a um aquecimento das atividades, inflação e uma situação melhor para quem é rico.
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Conforme as estatísticas do IBGE, que pesquisa e calcula a inflação oficial do Brasil, o IPCA, em 2024 quem tinha renda alta enfrentou uma taxa média de 4,43% nos preços dos produtos que consumiu no ano passado. Já quem tem renda baixa ficou uma taxa maior, de 5,02%.
A inflação às famílias de renda “muito baixa” –aqueles que ganham menos de R$ 2.105,99 por mês– subiu de 3,27% para 4,91%. As famílias com renda mensal domiciliar “alta”, que é igual ou superior a R$ 21.059,00, tiveram a maior queda na inflação em 2024.
Foi de 1,79 ponto percentual. Aqueles de renda “baixa” tiveram inflação de 5,02% em 2024, com alta de 1,30 ponto percentual. Quem recebe menos que R$ 2.105,99 viu a inflação subir 1,64 ponto percentual.
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A inflação média do Brasil acelerou de 4,62% em 2023 para 4,83% em 2024. Mas a alta não foi linear por faixa de renda: as taxas para as famílias mais ricas são as mais baixas em 4 anos. O levantamento é do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), com dados do IBGE. Enquanto isso, subiu de 3,27% para 4,91% no período para as famílias com renda “muito baixa”.
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Os domicílios que recebem mais de R$ 21.059,93 viram a inflação anual cair de 6,22% em 2023 para 4,43% no último ano. É o menor patamar para a faixa de renda desde 2020, quando foi de 2,74%. Enquanto isso, a inflação às famílias de renda “muito baixa” –aqueles que ganham menos de R$ 2.105,99 por mês– subiu de 3,27% para 4,91%.