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Após determinar o congelamento de bilhões de dólares em subvenções, a administração do presidente americano, Donald Trump, propôs na terça-feira (28) uma indenização de oito meses de salário aos funcionários federais que optassem por deixar seus cargos. A oferta é parte de uma ampla ofensiva para reduzir os gastos públicos. Trump seguindo os passos de Milei começa a desinchar o Estado, ao contrário do que ocorre no Brasil com Lula.

Trump prometeu durante sua campanha reduzir a estrutura do governo federal e cortar despesas.

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Os funcionários federais receberam um e-mail no qual a administração Trump lhes oferece uma indenização para deixar seus cargos, caso não estejam satisfeitos, com a ideia de permanecer. “Fork in the road”, ou “cruzamento de caminhos”, é o título do e-mail enviado. A função pública federal sob Donald Trump parece dizer “ou você a ama, ou a deixa”. Essa é, em essência, a mensagem que a nova administração americana transmite aos que trabalham em algumas de suas agências.

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Estimamos que de 5 a 10% dos funcionários irão pedir demissão, o que pode resultar em uma economia de cerca de US$ 100 bilhões”, declarou Elon Musk, CEO da Tesla, SpaceX e X, que lidera uma missão consultiva ao governo para promover a economia.

A carta do departamento responsável pelos funcionários federais lembra que o presidente americano publicou várias diretrizes relacionadas aos servidores, incluindo a proibição do trabalho remoto, o fim da discriminação positiva no recrutamento, maior foco no desempenho e prováveis planos de reestruturação para reduzir o número de funcionários.

São princípios de gestão relevantes para Elon Musk, que demitiu três quartos dos empregados do Twitter (atualmente X) nas semanas após sua compra da rede social no final de 2022.

O departamento agradece a quem decidir ficar, mas esclarece que não pode garantir a estabilidade de seus postos de trabalho. Caso isso ocorra, os funcionários federais serão tratados com dignidade, conforme destaca o e-mail. Funcionários federais de setores como o exército, segurança nacional, imigração e correios não poderão aproveitar a oferta, que estará disponível até o dia 6 de fevereiro.

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Congelamento em gastos de assistência
Na noite de segunda-feira (27), a Casa Branca pediu aos ministérios e agências federais que congelassem uma parte dos gastos “de assistência” – subvenções e benefícios, entre outros – e que realizassem uma revisão geral para garantir que estivessem em conformidade com as “prioridades presidenciais”.

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Diversas ONGs e organizações representando pequenas empresas recorreram a um tribunal federal de Washington, considerando o memorando publicado na noite de segunda-feira, “desprovido de qualquer base jurídica ou justificativa simples”. A juíza responsável pelo caso ordenou a suspensão imediata da medida, com prazo até o próximo 3 de fevereiro para examinar o caso. Os procuradores-gerais de 23 estados também anunciaram que contestariam o texto do Executivo.

A medida gerou confusão no país. Por algumas horas na terça-feira, o portal de acesso ao Medicaid, o seguro de saúde para os americanos mais pobres, ficou inacessível em vários estados, impedindo que hospitais e médicos recebessem os pagamentos pelos serviços prestados, segundo vários parlamentares democratas. Mais tarde, a Casa Branca assegurou que o acesso seria restaurado.

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De acordo com o memorando presidencial, o objetivo é “eliminar o peso financeiro da inflação sobre os cidadãos, acabar com as políticas ‘woke’, e com a instrumentalização do Estado”. A luta contra o “wokismo”, associado a um pensamento progressista de esquerda, é uma das bandeiras dos conservadores americanos.

O governo federal gastou mais de US$ 3 trilhões no ano passado com “assistência financeira”, incluindo bolsas, empréstimos e ajuda de emergência em caso de desastres naturais – todas essas despesas aprovadas pelo Congresso. Na semana passada, os Estados Unidos já haviam congelado as ajudas externas, enquanto realizavam uma revisão completa.

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