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Com o título ” A trégua marota de Lula ao BC”, o Estadão publicou nesta sexta-feira uma crítica sobre o comportamento do governo Lula. Segundo ele, Desta vez, foram poucas as vozes dispostas a criticar o Banco Central (BC).

O tom foi dado por Lula da Silva, para quem o presidente do BC, Gabriel Galípolo, não poderia dar “um cavalo de pau em um mar revolto de uma hora para outra”. “Já estava praticamente demarcada a necessidade de subida de juros pelo outro presidente”, afirmou.

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O veículo expõe que a trégua dada ao Copom só ocorreu porque, na versão petista, ainda é possível atribuir toda a culpa a Roberto Campos Neto. “Nós temos que ter paciência. Eu tenho 100% de confiança no trabalho do presidente do Banco Central que escolhi e tenho certeza de que ele vai criar as condições para entregar ao povo brasileiro uma taxa de juros menor no tempo em que a política permitir que ele faça”, afirmou Lula da Silva.

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O jornal afirma que, a desaceleração econômica ainda parece incipiente, mas já entrou no rol de preocupações do BC. O recuo do câmbio nos últimos dias pode ajudar a arrefecer o aumento dos preços dos alimentos, enquanto os serviços devem continuar pressionados. Parte do mercado aposta em uma Selic a 15% ao ano em maio, mas a última vez em que a taxa esteve neste patamar foi em 2006, e nem esse nível seria capaz, hoje, de conduzir a inflação ao centro da meta, de 3%.

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Se o Copom cumprir a rota indicada, haverá ao menos mais uma elevação de 1 ponto porcentual e a Selic irá a 14,25% ao ano em março, o maior nível desde o fim de 2016. Depois disso, o caminho está em aberto, o que é até compreensível em um momento de tantas incertezas.

O jornal finaliza que tantas dúvidas no cenário econômico poderiam ser parcialmente dissipadas se o governo Lula estivesse disposto a ajudar a autoridade monetária com uma política fiscal mais austera. Sobre isso, no entanto, Lula da Silva não poderia ter sido mais claro e declarou que, a depender dele, não haverá novas medidas para cortar gastos. Como o BC lidará com esse cenário ainda é uma incógnita, mas, até maio, a instituição poderá contar com a condescendência do presidente da República.

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