Agenda do mercado financeiro está movimentada com índices e resultados corporativos. Saiba quem vai apresentar balanço

A semana terá agenda de indicadores econômicos movimentada entre os dias 24 e 28 de fevereiro. E com questões políticas sempre à espreita para adicionar volatilidade aos mercados.

O maior monitoramento da semana será o resultados das eleições gerais na Alemanha, que vão levar à formação de uma nova composição do Parlamento alemão e a um novo governo.

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Em períodos de políticas não-polarizadas, a formação de um governo de centro-direita levaria a um rali na bolsa alemã e uma valorização do euro, já que a Alemanha é a maior economia da zona do euro, pois os democratas-cristãos são associados a uma política econômica pró-mercado, com menos impostos e gastos públicos menores. Ainda mais que o atual governo, liderado pelo social-democrata, foi dissolvido após perder o voto de confiança em dezembro por ter demitido o ministro de Finanças, do Partido Liberal, em meio a tentativas de derrubar um freio constitucional em relação ao aumento dos gastos públicos no país.

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Quanto maior o número de partidos no Parlamento, maior será a dificuldade de governar e adotar medidas econômicas para levantar a economia da Alemanha, que já está há 2 anos em recessão econômica sob governo de esquerda, e corre o risco de ter um terceiro ano de crescimento negativo do PIB, além de intensificar a falta de direção do país em temas como segurança energética, perda de competitividade, novas relações econômicas com a China e o posicionamento do país em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia.

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O maior país da Zona do Euro também será foco de atenção ao longo da semana. Na terça-feira (25), será conhecido o número final do PIB da Alemanha de 2024. Na sexta-feira (28), será a vez dos dados de fevereiro de inflação ao consumidor e do mercado de trabalho do país.

Agenda do mercado no Brasil

A semana começa movimentada na agenda econômica brasileira. Os números de arrecadação de janeiro devem sair na segunda-feira (27) de manhã. O tradicional Boletim Focus terá vez no mesmo dia, com a expectativa em relação às projeções do mercado para o PIB do Brasil em 2025, após a queda maior do que o esperado do IBC-Br de dezembro, a prévia do PIB mensurado pelo Banco Central.

Na terça-feira, a prévia da inflação de fevereiro, o IPCA-15, será divulgada pelo IBGE às 09h00. A expectativa é de um número salgado, acima de 1%, com a recomposição do preço de energia após o fim do bônus de Itaipu, o aumento do preço do diesel pela Petrobras, a alta de impostos estaduais sobre os preços dos combustíveis e a pressão sobre material escolar.

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Vale lembrar que um número pior do que o esperado para o IPCA-15 de janeiro elevou no mês passado as projeções dos economistas para a inflação de 2025 e de 2026. Caso o número do IPCA-15 vier acima do esperado, vai aumentar a pressão para que o Banco Central faça uma política monetária mais restritiva, mesmo em meio a uma possível desaceleração econômica em curso no Brasil.

Na quinta-feira, o Banco Central divulga os dados do setor externo, enquanto o Ministério do Trabalho apresenta os números do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) de janeiro. No dia seguinte, o IBGE apresenta os dados do mercado de trabalho do trimestre encerrado em janeiro.

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Temporada de resultados corporativos

Já a temporada de balanços com os resultados do quarto trimestre de 2024 acelera no Brasil. A semana terá divulgações de Petrobras (PETR3;PETR4), Weg, Ambev (BVMF:ABEV3), Azul, Marfrig (BVMF:MRFG3), BRF e mais pesos pesados da bolsa brasileira.

Nos EUA, a semana terá bastante discursos de membros do Fed. Após mencionar pela primeira vez na ata da última reunião de política monetária sobre as políticas migratórias e comercial do governo de Donald Trump, os investidores vão monitorar se algum discurso impactante pode aparecer e mexer na expectativa do mercado em relação ao número de cortes de juros em 2025 pelo banco central dos EUA.

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Por enquanto, os investidores projetam apenas um corte nas taxas de juros, provavelmente na reunião de julho ou de setembro, embora cresçam as expectativas de manutenção das taxas no intervalo entre 4,25-4,5% ao longo do ano.

O teste para as expectativas do mercado em relação à política monetária do Fed será na quinta e sexta-feiras. Na quinta, sai a 2ª prévia do PIB do quarto trimestre dos EUA. Houve desaceleração de 3,1% para 2,3% na taxa anualizada no quarto trimestre, abaixo do consenso de 2,7%. A estimativa do mercado para a segunda prévia do PIB dos EUA é de crescimento de 2,3% no quarto trimestre de 2024.

Na sexta, o indicador preferido de inflação do Fed de janeiro, o índice PCE, será divulgado. Os investidores vão monitorar se o índice pode vir acima do esperado, como ocorreu com o índice de inflação ao consumidor divulgado na segunda semana de fevereiro.

No cenário corporativo, o destaque fica com o balanço da Nvidia (NASDAQ:NVDA). Os resultados de outubro a dezembro da empresa de chips, beneficiada com o boom de inteligência artificial, serão conhecidos na quarta-feira.

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