Patrocinado

A Justiça da Espanha recusou o pedido de extradição do jornalista Oswaldo Eustáquio, solicitado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A procuradora Teresa Sandoval argumentou que os atos atribuídos ao comunicador não configuram crime no país, mas fazem parte do exercício da liberdade de expressão.

AINDA: Investidores de olho em troca de governo no Brasil em 2026…

A decisão representa um revés para o Judiciário brasileiro e levanta questionamentos sobre a condução de investigações contra opositores políticos no Brasil.

Pedido de extradição e argumentos da Espanha no caso Oswaldo Eustáquio
O pedido formal de extradição foi enviado pela Embaixada do Brasil em Madri, em outubro de 2024, embasado em investigações conduzidas pelo STF. De acordo com os autos, Eustáquio teria participado de uma suposta organização criminosa que teria feito ameaças a policiais federais e tentado a “abolição violenta do Estado Democrático” e um “golpe de Estado”.

O jornalista teve a prisão determinada pelo STF em agosto de 2024 e, posteriormente, se refugiou na Espanha.

Entenda a situação de Oswaldo Eustáquio agora
Com a recusa da extradição, Oswaldo Eustáquio poderá permanecer na Espanha sem risco de ser deportado para o Brasil. A decisão do governo espanhol pode servir de precedente para outros brasileiros que alegam perseguição política e buscam refúgio no exterior.

MAIS INFORMAÇÃO: Jornalista perseguido por Alexandre de Moraes afirma que “ministro é ligado ao PCC e Deep State”

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique

SAIBA: Paper Excellence busca na justiça internacional receber a empresa comprada da J&F. “Irmãos Batista usam malicioso abuso da máquina pública no Brasil”, afirmou

O governo espanhol analisou a documentação, negou a extradição e apontou a falta de “dupla incriminação” – princípio jurídico que exige que um ato seja considerado crime nos dois países para que o pedido seja aceito. Na Espanha, os fatos descritos não são passíveis de punição, pois estão protegidos pelo direito à liberdade de expressão.

A negativa foi protocolada no último dia 7 de março, mas conforme informou a Oeste, Oswaldo Eustáquio tomou conhecimento da decisão apenas na manhã desta terça-feira, 11, quando foi adicionada no sistema judicial do país. “Estou pulando de alegria”, disse o comunicador.

AINDA: Tarifa americana sobre o aço entra em vigor, sabia como isto

Liberdade de expressão e impacto político
A negativa da extradição reforça a tese de que a criminalização da opinião tem avançado no Brasil. Para as autoridades espanholas, as ações de Eustáquio, entre elas as críticas ao STF e a publicação de dados sobre autoridades, estão dentro dos limites da manifestação pública, e não configuram conspiração para um golpe de Estado.

LEIA: “Crime do colarinho branco compensa no Brasil agora”, quando envolve aliados…

Nos últimos anos, opositores do governo Lula e críticos das instituições passaram a ser alvo do Judiciário. O próprio Eustáquio já havia sido preso em 2020, durante o governo de Jair Bolsonaro, por suposta participação em “atos antidemocráticos”. No entanto, nunca foi formalmente condenado.

MAIS: Voos da VoePass são cancelados pela Anac, sabe o que….

Constrangimento para o STF e implicações internacionais
A recusa da Espanha representa um constrangimento para o STF, que vem sendo criticado pelo tratamento dado a jornalistas e políticos da direita. A extradição de Eustáquio fazia parte da narrativa de combate ao “extremismo bolsonarista”, promovida por ministros da Corte e setores alinhados à esquerda.

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada