O governo central registrou déficit primário de R$ 31,673 bilhões em fevereiro, ante um saldo negativo de R$ 58,267 bilhões no mesmo mês de 2024, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira (27).
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O resultado, que compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, foi um pouco pior do que o esperado pelo mercado, conforme pesquisa da Reuters, que apontava para um déficit de R$ 30,400 bilhões no mês.
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Ceticismo em relação à meta de déficit zero
Economistas questionam o cumprimento da meta de déficit primário zero para 2025, mesmo com a redução do déficit em fevereiro (R$ 31,7 bilhões vs. R$ 58,3 bilhões em 2024. Projeções do Prisma Fiscal (março/2025) apontam para um déficit de R$ 75 bilhões, enquanto a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado estima R$ 71 bilhões (0,56% do PIB).
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Pontos críticos:
- Dependência de receitas extraordinárias: O PLOA 2025 inclui R$ 121,5 bilhões em receitas condicionais (como tributação de fundos offshores), consideradas incertas por analistas.
- Risco de descontrole de despesas: Histórico de superestimativa de receitas e subestimativa de gastos nos últimos anos, como destacado por Gesner Oliveira (FGV).
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Preocupação com a dívida pública
A dívida bruta do governo geral é projetada para 80,74% do PIB em 2025, com risco de subir para 84,9% em 2026.
A LC 200/2023 exige metas primárias que estabilizem a dívida, mas o cenário atual não garante isso. A IFI projeta que a dívida só se estabilizará se o déficit primário for inferior a 0,5% do PIB.