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Política e dados da economia que devem agitar o mercado financeiro com calendário econômico

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O destaque da semana entre os dias 6 e 12 de abril são os índices de preço aos consumidores de Brasil, EUA e China, além dos dados de atividades relacionados ao varejo e serviços da economia brasileira, assim como o IBC-Br, a prévia do PIB mensurado pelo Banco Central do Brasil (BC).

Embora o BC aponte que os dados indiquem uma incipiente desaceleração da economia, se os indicadores dessa semana vierem com desaceleração forte, negativo e abaixo do consenso, é possível que comecem a surgir revisões de taxa terminal da Selic entre os grandes bancos e corretoras, especialmente se os preços do petróleo ficarem no patamar atual após perderem mais de 10% em dois dias nesta semana.

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Atualmente, as projeções da taxa Selic estão entre 15% e 15,5%. Os dados de desaceleração e de queda do preço do petróleo não devem levar o Copom a não cumprir o guidance de ao menos mais uma alta da taxa de juros na próxima reunião em maio.

Em relação à política fiscal, o governo Lula tem que fazer a sua parte e ajudar o Copom, deixando de utilizar os recursos parafiscais de fundos setoriais e sociais para alavancar a economia, driblando as regras do Novo Arcabouço Fiscal. Em meio a uma popularidade em queda, é muito provável, no entanto, o uso pelo governo desses recursos extra fiscais.

Nos EUA, a semana está recheada de discursos de membros do Fed, além da divulgação da ata da última reunião de política monetária. As atas geralmente trazem poucas surpresas, mas a última reunião já foi realizada sob as incertezas da política comercial do novo governo americano. Com isso, alguma surpresa pode conter o documento.

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Em relação aos discursos das autoridades do Fed, é preciso monitorar em qual objetivo de política monetária será depositado o maior peso na avaliação, a estabilidade de preços ou a promoção do pleno-emprego, ainda mais que a narrativa de estagflação (cenário de recessão econômica com inflação elevada) começa a despontar no mercado, a qual levaria a uma condução de política monetária extremamente difícil para o Fed. Na visão de Powell, a economia ainda está longe desse cenário, embora reconheça que há uma desaceleração em curso e um aumento de preços vindo devido às tarifas.

Com isso, os dados de inflação ao consumidor, na quinta-feira, e ao produtor, na sexta-feira, ambos de março, ganham especial atenção dos investidores. São dados que possam apontar se, antes da aplicação das tarifas, a inflação americana já estava em curso de aceleração. Se esses dados vierem acima do esperado pelo mercado, os investidores podem intensificar o refúgio em ativos seguros, fugindo do risco.

Caso venham em linha ou abaixo do esperado, reforça a narrativa intensificada nesta semana de ao menos 4 cortes de juros de 25 pontos-base em 2025, e um adicional na primeira reunião de 2026, colocando o peso da desaceleração econômica e de deterioração do mercado de trabalho nos holofotes do Fed nos próximos meses, apesar de uma inflação maior no período. Neste cenário, cabe ao Fed ancorar as expectativas de inflação futura e apontar que as altas de preço serão temporárias. Porém, esse filme já vimos antes, com o próprio Powell no comando do Fed após a pandemia, e seu desfecho foi uma inflação anualizada de dois dígitos.

Após a forte queda de dois dias nas ações na semana passada, os investidores estão apreensivos com a abertura do mercado na segunda-feira. Alguns veem sinais de um evento tipo Segunda-feira Negra de 1987, enquanto outros apostam em uma alta, esperando que o presidente Trump anuncie um adiamento nas tarifas recíprocas ou algum “grande acordo”.

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O comentarista defensor da esquerda Jim Cramer aproveitou para criar um cenário negativo em seus público e disse no programa Mad Money da CNBC na sexta-feira à noite que se Trump “não tentar se aproximar e recompensar esses países e empresas que seguem as regras, então o cenário de 1987… Aquele em que caímos por três dias e depois 22% na segunda-feira tem a maior plausibilidade”.

Cramer continuou com sua narrativa no X, dizendo que embora não queira um crash estilo 1987, o padrão é estranhamente similar. “Olha, eu não quero uma repetição de ’87, é claro”, disse Cramer. “Mas eu negociei durante aquele período e me lembro bem de cada dia… Nós sabíamos que devíamos vender… e estamos orgulhosos de termos feito isso. Mas nos sentimos idiotas porque a semana ANTES do crash foi tão ruim e demoramos para vender.”

O observador do mercado acrescentou posteriormente que os disjuntores do mercado de ações poderiam desacelerar as coisas, diferentemente de 1987.

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Enquanto isto, um respeitadíssimo investidor afirma que os acontecimentos são positivos, outro lado do cenário de segunda-feira, o renomado gestor de hedge fund Bill Ackman disse que com o telefone de Trump provavelmente tocando sem parar e pouco tempo para fechar acordos antes do prazo de 9 de abril, ele “não ficaria surpreso ao acordar na segunda-feira com um anúncio do Presidente de que estava adiando a implementação das tarifas para dar tempo de fazer acordos”. O gestor de hedge fund acrescentou que Trump “conseguiu a atenção do mundo”.

O ex-estrategista-chefe do JP Morgan, Marko Kolanovic, acredita que o risco está em ficar vendido antes de segunda-feira.

“Trump agora convenceu todos de que é louco e está pronto para uma recessão global”, disse Kolanovic. “Um blefe e em seguida vem a ’negociação’. Ele vai receber pressão durante o fim de semana. Ao contrário da semana passada (que eu postei), o risco agora é ficar vendido para o fim de semana.”

Dado que o mercado está nas mãos de Trump, que pode mudar de ideia a qualquer momento, o ex-estrategista disse: “O risco de alta no curto prazo é maior que o risco de baixa.”

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