Impactado negativamente por fatores como ambiente econômico e educação, o Brasil ficou em último lugar no mais recente ranking de competitividade industrial elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No estudo, a entidade comparou o Brasil com outros 17 países que competem com o país no mercado internacional, considerando oito fatores que afetam o desempenho das empresas mundo afora.
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Os três aspectos que mais pesaram negativamente no resultado foram Ambiente Econômico; Desenvolvimento Humano e Trabalho; e Educação. Em todos eles, o Brasil ocupou o último lugar no ranking. No primeiro, o custo alto de financiamento no país figura como um dos empecilhos históricos para a indústria. No momento, o alto patamar da Selic, em 14,25% ao ano, reforça esse efeito.
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O ambiente tributário foi outro aspecto que ajudou a jogar o Brasil para a última posição no ranking de Ambiente Econômico. Nesse caso, a CNI entende que o país viverá um avanço significativo com a reforma tributária. Mas alerta que é preciso cuidado com as regulamentações, especialmente para que exceções tributárias não façam a alíquota média do novo imposto sobre o consumo ser muito alta.
O estudo da CNI mostra que, em nenhum dos macroindicadores que compõem o ranking, o país figurou na primeira metade da classificação. No aspecto em que o país se sai melhor é no desempenho de Baixo Carbono e Recursos Naturais, ocupando a 12ª posição. O destaque positivo ficou no subfator de descarbonização, com o 2° lugar no ranking.
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A CNI publica o ranking desde 2010. Nesta edição, a entidade trouxe alterações metodológicas, com a redefinição de países que competem com o Brasil. Agora, o estudo destaca as economias que possuem uma cesta de produção mais próximas à do país e que estão presentes nos mesmos mercados, tanto em nível de importação quanto de exportação.
As comparações foram feitas com Coreia do Sul, Países Baixos, Canadá, Reino Unido, China, Alemanha, Itália, Espanha, Rússia, Estados Unidos, Turquia, Chile, Índia, Argentina, Peru, Colômbia e México.
DESENVOLVIMENTO HUMANO E EDUCAÇÃO
No fator de Desenvolvimento Humano e Trabalho, em que o país também figurou na última posição, quem lidera entre os países é a Coreia do Sul. Relações de trabalho, que aponta o Brasil em 16°; Saúde e Segurança, em que o País figura em 15°; e Diversidade, Equidade e Inclusão, no qual ocupa o penúltimo lugar, são os subfatores considerados na classificação.
No sub-ranking Educação, que também levou o Brasil para o último lugar do levantamento, problemas da formação educacional, como baixa adesão ao ensino técnico e volume baixo de formação de profissionais ligados à ciência e tecnologia, foram quesitos que afetaram negativamente o País. Nesse fator, quem ocupa o primeiro lugar é a Alemanha.
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Em outros cinco indicadores, o Brasil também esteve abaixo da média no ranking da competitividade industrial. Na performance de Comércio e Integração Internacional, liderado pelos Estados Unidos, o Brasil ficou em 14° lugar. Nesse caso, há desafios em questões como a integração da indústria ao comércio internacional, participação nas exportações da indústria de transformação e exportação de média e alta tecnologia.
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Na infraestrutura, em que os brasileiros convivem com problemas crônicos, o país ocupa a 15ª posição. O Brasil ficou no mesmo lugar no ranking de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Tecnologia. Mas, no subfator de ciência, tecnologia e inovação o país se saiu melhor, na 12ª posição.
Confira aqui o Ranking Geral Competitividade Brasil (2023-2024) elaborado pela CNI:
1° Países Baixos
2° Estados Unidos
3° Coreia do Sul
4° Alemanha
5° Reino Unido
6° China
7° Itália
8° Canadá
9° Espanha
10° Turquia
11° Rússia
12° Índia
13° México
14° Chile
15° Argentina
16° Colômbia
17° Peru
18° Brasil