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O vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (SINDNAPI/FS), José Ferreira da Silva — o Frei Chico —, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, figura entre os dirigentes de entidades investigadas na operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (23). A operação apura um esquema bilionário de descontos indevidos aplicados diretamente nos benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

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Segundo a PF, a fraude movimentou R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. O SINDNAPI/FS, liderado por Frei Chico, recebeu aproximadamente R$ 77,1 milhões em contribuições somente em 2024 e teve seus convênios com o INSS suspensos após o avanço das investigações. A Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério da Previdência Social também participam da ação.

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Na coletiva de imprensa, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, classificou a operação como um ato de proteção aos aposentados. “Foram vítimas fáceis de criminosos que se apropriaram das pensões e aposentadorias”, disse ele, destacando o caráter sistemático da fraude.

O esquema envolvia entidades que firmavam convênios com o INSS para descontar mensalidades associativas diretamente na folha de pagamento dos beneficiários — supostamente em troca de benefícios como planos de saúde e auxílio-funeral. No entanto, os descontos eram realizados sem consentimento prévio, e os valores iam parar em contas controladas pelas entidades, muitas vezes sem o conhecimento dos próprios beneficiários.

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Além do SINDNAPI/FS, outras entidades com atuação nacional também estão na mira da PF, como a Ambec, AAPB, AAPEN, Contag, Conafer, AAPPS Universo e UNASPUB. Em vários casos, foram identificadas empresas de fachada utilizadas para lavar os recursos desviados — uma delas sozinha teria movimentado mais de R$ 300 milhões.

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O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado por decisão judicial, junto a outros membros da cúpula do órgão. Ao todo, a operação cumpriu 211 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão, além do sequestro de bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão.

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Em nota pública, o presidente do SINDNAPI, Milton Cavalo, declarou apoio às investigações. Ele afirmou que “proteger os direitos dos aposentados é essencial” e que o sindicato “apoia firmemente uma apuração séria e transparente”. A fala, no entanto, tenta distanciar a entidade da acusação direta, enquanto a CGU já determinou que o SINDNAPI/FS também responderá criminalmente.

A presença de Frei Chico no comando de uma das entidades envolvidas, somada ao laço familiar com o presidente da República, acrescenta uma dimensão política explosiva ao caso — ainda que não haja, até o momento, qualquer indício de envolvimento direto de Lula na operação.

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