A Vale (VALE3) registrou lucro líquido de US$ 1,39 bilhão no primeiro trimestre de 2025, em uma baixa de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com balanço divulgado nesta quinta-feira (24).
Analistas esperavam por lucro líquido de US$ 1,62 bilhão, de acordo com projeções reunidas pela Bloomberg. No after hours, as ADRs da empresa recuavam 0,5% em Nova York.
A companhia foi negativamente impactada por menores preços de minério de ferro e níquel, que foram parcialmente compensados por maiores volumes de vendas, custos unitários mais baixos no minério de ferro e melhor desempenho da Vale Base Metals.
MAIS: Indicado por Lula e Carlos Lupi é afastado da presidência do…
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui
SAIBA: Manobras fiscais do governo Lula direcionam o Brasil para colapso econômico afirma TCU
O Ebitda ajustado da companhia recuou 9%, US$ 3,11 bilhões, enquanto a receita líquida de vendas teve baixa de 4%, a US$ 8,11 bilhões.
“Tivemos um início de ano consistente, alinhado com nossos objetivos para 2025. Estamos vendo um bom momento na gestão de custos, com nosso C1 atingindo US$ 21/t no 1T, continuando a trajetória de queda ano a ano”, disse a empresa em release de resultados.
“Nossos projetos de geração de valor continuam a progredir, sendo elementos essenciais para aumentar a flexibilidade do nosso portfólio e melhorar a eficiência operacional e de custos”.
Custos e despesas da Vale
A Vale informou que seus custos e despesas totais, excluindo os efeitos de Brumadinho e da descaracterização de barragens, somaram R$ 5,8 bilhões no período, uma queda de 2% na comparação anual. Já as despesas ligadas a Brumadinho e à descaracterização de barragens foram de R$ 97 milhões, alta de 137%.
LEIA: Amazon disponibiliza pontos de coleta e retirada no Brasil. Como entrar…
O custo caixa C1 do minério de ferro caiu 11%, para US$ 21,0 por tonelada, e a empresa reafirmou seu objetivo de atingir o guidance de US$ 20,5 a 22,0 por tonelada em 2025.
No cobre, os custos all-in caíram 63% e ficaram em US$ 1.212 por tonelada, impulsionados pelo bom desempenho operacional e maior receita com subprodutos. Já os custos all-in do níquel, ajustados pela PTVI, caíram 4% e somaram US$ 15.730 por tonelada.
O Capex foi de US$ 1,2 bilhão, US$ 221 milhões a menos que no ano anterior, alinhado à revisão do plano de investimentos para 2025, que segue com guidance de US$ 5,9 bilhões.
A geração de fluxo de caixa livre recorrente foi de US$ 504 milhões, queda de US$ 1,7 bilhão na comparação anual, refletindo o menor Ebitda e maior capital de giro.
A dívida líquida expandida chegou a US$ 18,2 bilhões em 31 de março, aumento de US$ 1,8 bilhão frente ao trimestre anterior, influenciada pelo pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio.
Vendas
A Vale registrou crescimento nas vendas em todos os seus segmentos no comparativo anual. As vendas de minério de ferro subiram 4% (2,3 milhões de toneladas), enquanto cobre e níquel avançaram 7% (5,1 mil toneladas) e 18% (5,8 mil toneladas), respectivamente.
O preço médio realizado do minério de ferro foi de US$ 90,8 por tonelada, praticamente estável em relação ao trimestre anterior, mas 10% menor que no mesmo período do ano passado, devido à queda nos preços de referência.