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No resultados do primeiro trimestre de 2025 da Petrobras (PETR4), dados que geralmente estão nos bastidores assumiram o protagonismo, entre eles, o capex (investimentos).

O Fluxo de Caixa Livre (FCL) da Petrobras atingiu R$ 26 bilhões entre janeiro e março, 19,7% menor do que há um ano.

Entre janeiro e março, o lucro líquido da estatal subiu 48,6% em base anual, para R$ 35,209 bilhões. As projeções da Bloomberg indicavam um lucro menor, de R$ 28,506 bilhões.

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O desempenho ainda reverte o prejuízo líquido de R$ 17,044 bilhões no quarto trimestre de 2024. Você pode conferir em detalhes da performance da Petrobras nos últimos três meses do ano aqui.

Em dólares, a estatal alcançou lucro líquido de US$ 5,974 bilhões, um resultado que representa uma alta de 24,9% em base anual e que veio acima da projeção da Bloomberg de US$ 5,041 bilhões para o período.

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O resultado, em alguma medida, era esperado pelo mercado diante do aumento da produção e dos preços mais altos do petróleo — no primeiro trimestre, a Petrobras indicou o preço médio do Brent a US$ 75,66 o barril.

Segundo analistas, a estatal deverá sentir ainda mais a queda do preço do petróleo no segundo trimestre, com o barril na casa dos US$ 60 atualmente.

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Capex, a estrela do balanço da Petrobras no 1T25
Além do lucro (ou prejuízo, a depender do caso), receita e ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) também são outras linhas do balanço às quais os investidores se debruçam para medir a saúde financeira de uma empresa.

A receita de vendas da estatal totalizou R$ 123,144 bilhões no primeiro trimestre, uma alta de 4,6% ano a ano e de 1,5% na comparação trimestral. As projeções da Bloomberg indicavam uma receita também menor, de R$ 113,828 bilhões.

O ebitda ajustado da Petrobras foi de R$ 61,084 bilhões, um resultado 1,7% maior do que o obtido no mesmo período do ano anterior e 49,1% maior do que o do quarto trimestre de 2024. A Bloomberg apontava para um ebitda de R$ 62,146 bilhões no período.

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Em dólares, a receita de vendas da Petrobras somou US$ 21,073 bilhões nos primeiros três meses do ano, resultado 11,3% menor do que o obtido em igual intervalo de 2024. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, houve alta de 1,2%. A previsão da Bloomberg apontava para US$ 20,025 bilhões.

O ebitda ajustado encolheu 13,9% ano a ano, para US$ 10,446 bilhões. Em base trimestral, subiu 45,8%. A projeção da Bloomberg apontava para US$ 10,933 bilhões.

A dívida líquida da Petrobras subiu para US$ 56,034 bilhões, um resultado 28,4% maior do que o registrado no primeiro trimestre de 2024 e 7,3% acima do registrado no quarto trimestre do ano passado.

Mas os investimentos da Petrobras é que estavam nos holofotes do mercado — e tinha motivo para isso. No quarto trimestre, a estatal justificou o prejuízo com o estouro em cerca de US$ 2 bilhões do capex, algo que os executivos disseram que não se repetiria nos próximos trimestres.

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Os investimentos da companhia entre janeiro e março subiram 33,6% ante o mesmo período de 2024, mas caíram 29,1% ante o quarto trimestre do ano passado, para US$ 4,065 bilhões.

A Petrobras explica que os investimentos no primeiro trimestre de 2025 reforçam o caráter atípico observado no quarto trimestre de 2024, “explicado pela recomposição do descasamento físico-financeiro das unidades próprias de Búzios, em resposta às ações implementadas ao longo do segundo semestre de 2024”.

No segmento de exploração e produção, os investimentos totalizaram US$ 3,5 bilhões, uma redução de 28,5% em relação ao quarto trimestre de 2024, mas um aumento de 41,7% em base anual.

No segmento refino, transporte e comercialização, os investimentos totalizaram US$ 400 milhões, com destaque para paradas programadas de refinarias, conclusão da modernização do Trem 1 da RNEST e avanço no projeto de hidrotratamento (HDT) de médios da REPLAN.

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“O estouro do capex no quarto trimestre trouxe um receio real de que a Petrobras pode estar investindo mal esses recursos, como já aconteceu no passado. Além disso, um investimento mais elevado em áreas com pouco retorno comprometem a distribuição de dividendos da companhia”, afirmam analistas.

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