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A conclusão antecipada da compra da Itaminas por Daniel Vorcaro e os grupos AVG e Agéo, oficializada em maio de 2025, marca um novo capítulo para a mineradora e altera significativamente o cenário do setor mineral brasileiro. Avaliada em cerca de US$ 300 milhões, a operação teve sua última parcela de US$ 155 milhões quitada antes do previsto, utilizando recursos próprios dos compradores e uma debênture não conversível, o que garantiu o controle integral da empresa ao novo trio gestor.

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Novo controle e aceleração dos investimentos

Com a antecipação do pagamento, a Itaminas ganha autonomia para acelerar seu ambicioso plano de expansão. O novo comando, liderado por Vorcaro (com 50% de participação) e compartilhado igualmente entre AVG e Agéo, já anunciou um investimento de R$ 1,5 bilhão até 2030. O objetivo é elevar a produção anual de minério de ferro dos atuais 6,5 milhões para 10 milhões de toneladas em 2026, com meta de atingir 15 milhões de toneladas até o fim da década.

Acesso direto ao mercado internacional

Um contrato de longo prazo firmado com o Porto Sudeste, que permite à Itaminas exportar diretamente para o exterior, especialmente Ásia e Oriente Médio, sem depender das grandes mineradoras nacionais. A expectativa é embarcar 4 milhões de toneladas por ano para esses mercados, aumentando a presença internacional da empresa e melhorando suas margens operacionais.

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Infraestrutura e inovação logística

A Itaminas conta com um terminal ferroviário próprio dentro da mina, reduzindo custos logísticos e eliminando etapas intermediárias. Além disso, está em construção um novo terminal logístico ferroviário, com capacidade para escoar até 20 milhões de toneladas anuais, previsto para estar pronto até 2029. Esse hub logístico não só beneficiará a própria Itaminas, mas poderá atender outras mineradoras da região, consolidando Sarzedo (MG) como polo estratégico do setor.

Foco em minério de alta qualidade e sustentabilidade

A nova gestão aposta na produção de minério de ferro com alta concentração, produto cada vez mais valorizado no mercado global devido à demanda por aço verde e processos industriais de descarbonização. A meta é que 70% da produção futura da Itaminas seja desse minério premium, cuja cotação chega a ser 15% superior ao produto padrão.

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Mercado atento e rumores de venda

A movimentação da Itaminas tem despertado interesse de grandes players, como J&F, dos irmãos Batista, embora os atuais controladores neguem qualquer negociação de venda no momento. O ativo é considerado estratégico, e qualquer proposta futura deverá respeitar o direito de preferência dos atuais sócios, garantindo estabilidade e continuidade ao plano de crescimento.

Os irmãos Batistas também estão interessados no Banco Master de Vorcaro.

Quem são os novos donos da Itaminas?

Daniel Vorcaro, os grupos AVG e Agéo formam o trio de investidores que adquiriu conjuntamente o controle da mineradora Itaminas. A ligação entre eles é uma sociedade estratégica, na qual cada parte possui participação acionária e papel relevante na gestão da empresa.

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  • Daniel Vorcaro é banqueiro e controlador do Banco Master. Ele detém 50% das ações da Itaminas após a compra.
  • O Grupo AVG, liderado pelos irmãos Rodrigo e Bernardo Gontijo, ficou com 25% da mineradora. O AVG tem tradição no setor de mineração e histórico familiar ligado à própria Itaminas, já que o pai dos atuais líderes foi um dos fundadores da empresa.
  • O Grupo Agéo, liderado por Argeu Géo, também possui 25% de participação. O Agéo é conhecido por sua atuação no agronegócio e é acionista da Pottencial Seguradora, trazendo sua expertise em gestão e visão estratégica para o negócio.

A aquisição foi realizada em conjunto, com uso de capital próprio dos sócios e financiamento via debênture não conversível. O controle compartilhado permite que as três partes participem ativamente das decisões, acelerando investimentos e a expansão da empresa. Caso Vorcaro decida vender sua parte no futuro, os grupos AVG e Agéo têm direito de preferência na compra, reforçando a ligação societária e estratégica entre eles.

Donos da Itaminas e históricos controversos

Até o momento, Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master e sócio na compra da Itaminas junto com os grupos AVG e Agéo, é alvo de investigações por suspeitas de fraudes financeiras, mas não há comprovação ou condenação definitiva envolvendo ele ou os grupos AVG e Agéo em crimes como fraude ou negociação privilegiada.

Investigações em andamento:

  • Daniel Vorcaro e outros sócios do Banco Master estão sendo investigados pela Polícia Federal e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por suspeitas de operações fraudulentas envolvendo precatórios e fundos de investimento imobiliário, especialmente no caso do fundo Brazil Realty FII.
  • As denúncias apontam possíveis transações irregulares e manipulação de ativos, mas, até o momento, Vorcaro ainda não foi formalmente acusado nem ouvido em alguns desses inquéritos.
  • A CVM já rejeitou propostas de acordo apresentadas pelos envolvidos, o que indica que o processo segue em apuração, sem decisão final.

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Sobre os grupos AVG e Agéo:

  • As suspeitas e investigações em curso concentram-se em Daniel Vorcaro, sua família e sócios ligados ao Banco Master e ao fundo Brazil Realty FII

Quem são os sócios da Itaminas?

A família Géo, à qual pertence Argeu Géo, controlador do Grupo Agéo, tem histórico de envolvimento em disputas judiciais e controvérsias financeiras, mas não há registros públicos específicos que liguem Argeu Géo diretamente a fraudes ou corrupção.

No entanto, a família enfrentou processos relacionados a uma concessionária de veículos (Máxima) que quebrou em 1997, deixando uma dívida milionária que até hoje é objeto de ação judicial por parte da massa falida do consórcio Uniauto. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais identificou indícios de “fraude contra os interesses dos credores” envolvendo o patriarca João de Lima Géo e a blindagem patrimonial da família, com a transferência de bens para filhos e netos para dificultar o ressarcimento da dívida.

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Além disso, um sobrinho da família, Adolfo Géo Filho, foi preso na Operação Vulcano por suspeita de envolvimento com quadrilha de importação fraudulenta, e a construtora ARG, ligada a esse ramo da família, foi investigada no escândalo do Mensalão por movimentações financeiras suspeitas.

Quanto aos irmãos Rodrigo Andrade Valadares Gontijo e Bernardo Andrade Valadares Gontijo, controladores do Grupo AVG, não há informações públicas ou registros recentes que os envolvam em fraudes, corrupção ou negócios suspeitos.

Argeu Géo e sua família têm histórico de litígios judiciais e suspeitas relacionadas a blindagem patrimonial e dívidas não quitadas, com indícios apontados pela Justiça de Minas Gerais, mas sem condenações criminais diretas contra Argeu.

  • Um membro mais amplo da família Géo esteve envolvido em investigação criminal (Operação Vulcano) e escândalos financeiros.

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