Neste domingo (20) estão ocorrendo pelo Brasil manifestações populares em diversas cidades, com o mote de “defesa da liberdade”. A mobilização ocorre dois dias após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impor uma série de medidas cautelares ao ex-presidente, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, entrega do passaporte e proibição de contato com outros investigados.
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Parlamentares da oposição criticaram duramente a decisão, que classificam como desproporcional e politicamente motivada. Em nota oficial, líderes oposicionistas no Congresso afirmaram que “o povo deve voltar às ruas para exigir respeito à Constituição, à liberdade e à democracia”. Para eles, as medidas representam um sinal de alerta sobre os limites da atuação do Judiciário.
Nas redes sociais autoridades e a população intensificaram os apelos por manifestações pacíficas. O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), publicou: “Brasil nas ruas já! O Brasil vai parar!”. A vice-líder da Minoria, deputada Bia Kicis (PL-DF), convocou uma “Caminhada pela Liberdade” em Brasília, marcada para as 10h, conclamando os participantes a vestirem verde e amarelo.
A mobilização também conta com o apoio de figuras do meio jurídico. O desembargador aposentado Sebastião Coelho, que recentemente se filiou ao partido Novo para disputar o Senado, declarou que “é hora de lutar pelo que resta de liberdade contra o arbítrio instalado no país”. Para ele, as medidas impostas a Bolsonaro não têm base jurídica consistente. “Colocar uma tornozeleira eletrônica em um ex-presidente sem qualquer condenação é um absurdo”, afirmou.
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Em Vila Velha (ES), o senador Magno Malta (PL-ES) também convocou apoiadores para um ato público. Em vídeo divulgado neste sábado (19), criticou duramente a decisão do STF: “É um ataque covarde contra Bolsonaro e contra o Brasil. Um conluio com esse governo de esquerda que está destruindo a nossa pátria”.
Entre os apoiadores do movimento está o pastor Silas Malafaia, que divulgou a criação do “Movimento Reaja Brasil”, com um vídeo destacando a mobilização espontânea da população. Segundo ele, trata-se de uma onda “silenciosa, mas cada vez mais visível”, motivada por um sentimento de indignação e patriotismo.
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A oposição vê as restrições impostas a Bolsonaro como uma forma de intimidação política e antecipação de pena, o que pode impactar diretamente a estratégia do PL para as eleições de 2026. As medidas incluem ainda a proibição de contato com seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o que, segundo aliados, dificulta articulações com lideranças internacionais.
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Confira os locais onde ocorrerão manifestações neste domingo (20), conforme divulgação nas redes sociais:
São Paulo: Av. Paulista – 14h
Brasília: Eixão Sul – 9h
Rio de Janeiro: Barra da Tijuca – 9h
Belo Horizonte: Praça da Liberdade – 10h
Vila Velha (ES): Posto Moby Dick – 12h
Salvador: Farol da Barra – 9h
Curitiba: Praça Santos Andrade – 10h
Na segunda-feira (21), o PL deve realizar uma reunião em Brasília para discutir a organização de novas mobilizações nos próximos dias.