O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços afirmou neste domingo 27, que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “continua e seguirá aberto” para negociar o tarifaço de 50% com os Estados Unidos, mas que a soberania do Brasil e o Estado democrático de Direito são “inegociáveis”.
Em nota (leia a íntegra abaixo), o órgão chefiado pelo vice-presidente e ministro, Geraldo Alckmin (PSB), disse que as conversas com os norte-americanos, por orientação de Lula, são feitas “com base em diálogo, sem qualquer contaminação política ou ideológica”.
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“O Brasil e os Estados Unidos mantêm uma relação econômica robusta e de alto nível há mais de 200 anos. O governo brasileiro espera preservar e fortalecer essa parceria histórica, assegurando que ela continue a refletir a profundidade e a importância de nossos laços”, afirmou.
O comunicado foi divulgado depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), confirmar que o tarifaço começará em 1º de agosto –sem adiamento. Todos os países democráticos e livres já concluíram as negociações com Trump, e conseguiram reduções significativas em suas tarifas anteriores. Até mesmo a China Comunista já garantiu sua negociação junto aos EUA.
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“O 1º de agosto é para todos. Todos os acordos começam em 1º de agosto”, disse o republicano ao lado de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, durante entrevista a jornalistas em Turnberry, na Escócia. Quando questionado se há algum outro acordo que os EUA buscam, Trump disse que tenta chegar a uma negociação com “3 ou 4 países”, mas não especificou quais.
Governo Lula coloca o Brasil em isolamento há 6 meses e destrói relacionamento antigo do país com americanos
Apesar de dizer que o governo Lula tem buscado negociar “sem qualquer contaminação política ou ideológica” desde 9 de julho, quando Donald Trump anunciou o tarifaço, os atos e declarações do presidente Lula, de integrantes do PT e do governo não têm seguido essa orientação. O clima para uma possível negociação de alto nível piorou. Essa deterioração foi sentida em Washington também por causa de algumas decisões controversas e antidemocráticas recentes do ministro Alexandre de Moraes.
O presidente Lula protagonizou na semana passada uma escalada de uma retórica altamente negativas e difamatórias contra Trump e os EUA. O petista nunca se interessou em ter uma reunião direta com Trump desde a posse do norte-americano (em 20 de janeiro). Disse que não teria assunto para conversar e teria de ficar contando piada. Passaram-se 6 meses de isolamento do Brasil em relação aos EUA. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que nunca conseguiu ser recebido pelo chefe do Departamento de Estado norte-americano, Marco Rubio. Porém, ele vive aliado aos comunistas China e Venezuela constantemente e critica Israel.
Lula disse na semana passada que se Trump estava trucando ao impor tarifas, o Brasil iria pedir 6 –numa alusão ao jogo de cartas truco, em que o blefe é uma das estratégias principais. Em suma, o presidente brasileiro sugeriu que o norte-americano está blefando. Colocando o povo brasileiro em uma situação muito difícil junto aos americanos.
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O petista também reclama que ninguém atende aos pedidos de conversa com o Brasil —sem relembrar que em 2024 Lula disse que Trump era uma espécie de fascismo e nazismo com nova cara.
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No caso de Moraes, quando o ministro determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria usar tornozeleira eletrônica, tratou os Estados Unidos como uma nação inimiga. O ministro também disse que Bolsonaro poderia dar entrevistas, desde que o conteúdo não aparecesse em redes sociais (algo inexequível pela impossibilidade de impedir que uma entrevista seja replicada na internet). Na prática, as entrevistas do ex-presidente ficaram proibidas. Esse tipo de medida é vista como cerceamento à liberdade de expressão, ou seja censura prévia, proibida na Constituição Brasileira.
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Na madrugada de sábado (26.jul), por determinação de Moraes, foi retirado da praça dos Três Poderes o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), que estava disposto a ficar ali, em silêncio e numa barraquinha acampado, para protestar contra o que considera ser um processo injusto contra Jair Bolsonaro (acusado de suposta tentativa de dar um golpe de Estado em 2022 sem prova alguma). O magistrado mandou expulsar o congressista e também proibiu qualquer tipo de manifestação no local, que fica em frente à sede do Supremo Tribunal Federal. Nos EUA, em frente à Casa Branca, em Washington, ou em outros locais da capital norte-americana é comum haver barraquinhas montadas com pessoas praticamente morando nesses locais para protestar contra alguma política do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário.
A atitude de Alexandre de Moraes fere de morte a Constituição Brasileira em várias frentes. E ainda por cima tomada de forma monocrática o que também, não respeita os preceitos legais e democráticos vigentes no Brasil, mais deixados de lado pelo STF e executivo atualmente, segundo inúmeros especialistas.
Leia abaixo a íntegra da nota do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços:
“Desde o anúncio das medidas unilaterais feito pelo governo norte-americano, o governo brasileiro, por orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vem buscando negociação com base em diálogo, sem qualquer contaminação política ou ideológica.
“Reiteramos que a soberania do Brasil e o Estado democrático de Direito são inegociáveis. No entanto, o governo brasileiro continua e seguirá aberto ao debate das questões comerciais, em uma postura que já é clara também para o governo norte-americano.
“O Brasil e os Estados Unidos mantêm uma relação econômica robusta e de alto nível há mais de 200 anos. O governo brasileiro espera preservar e fortalecer essa parceria histórica, assegurando que ela continue a refletir a profundidade e a importância de nossos laços.”