O Santander Brasil (SANB11) foi o primeiro dos grandes bancos a divulgar os seus resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25) na B3, mas os números não animaram muito os analistas de mercado, apesar de uma alta do lucro na base anual. Tanto que as units SANB11 abriram em queda de cerca de 3% no início da sessão desta quarta-feira (30), para depois amenizarem as perdas e registrarem baixa de 0,42%, a 26,26, por volta das 10h40 (horário de Brasília).
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A filial brasileira do banco espanhol teve lucro líquido de R$ 3,66 bilhões no segundo trimestre, alta de 9,8% sobre o desempenho do mesmo período no ano passado. Mas analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$ 3,73 bilhões para os três meses terminados em 30 de junho, de acordo com dados da LSEG. No segundo trimestre do ano passado, o banco teve lucro líquido de R$ 3,33 bilhões.
O Bradesco BBI aponta que o número ficou 4,1% acima da sua estimativa e 2,0% abaixo do consenso Bloomberg, enquanto o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) atingiu 16,4% no trimestre, acima da projeção do BBI de 15,4%, mas abaixo dos 17,4% do 1T25.
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Os dados acima do esperado do lucro líquido foram ocasionados principalmente por uma alíquota efetiva de imposto menor, de 10% (em comparação com o esperado pelo BBI de 15% e os 17% do 1T25), enquanto o lucro antes dos impostos ficou em linha com a sua estimativa pessimista (8,4% abaixo do consenso do Bloomberg). Cabe ressaltar que o lucro antes dos impostos caiu 12% em relação ao trimestre anterior, devido aos resultados mais fracos da tesouraria.
“As tendências gerais vieram em linha com nossas expectativas, mas destacamos uma pressão relevante relacionada às despesas com provisões”, aponta a equipe de análise. O Santander fez uma provisão de crédito de quase R$ 7,76 bilhões, representando expansão de cerca de 17% sobre um ano antes.
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De uma forma geral, apesar do lucro antes dos impostos estar amplamente em linha e de um resultado positivo em relação à sua projeção do lucro líquido, o BBI ressaltou que esperava uma reação negativa do mercado devido a uma contração relevante antes dos impostos na comparação trimestral (-12% na comparação trimestral).
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“As tendências gerais continuam apresentando momentos desafiadores para o crescimento do crédito e pressão sobre o custo do risco, enquanto a qualidade dos ativos parece ter melhorado com baixas contábeis maiores, já que NPL formation (a variação do saldo de créditos em atraso) permaneceu estável. Por fim, reconhecemos as tendências positivas em relação à margem com clientes e a sólida expansão do spread (+24 pontos-base na comparação trimestral), bem como um desempenho muito bom nas despesas operacionais”, aponta o BBI, que tem recomendação neutra para os ativos.
O JPMorgan também ressaltou o lucro gerencial fraco com 16% de ROE, resultado 6% pior do que projetava. Mas, mais importante ainda, houve uma queda do EBT (Lucro Antes dos Impostos).
Assim, embora o papel dpo Santander tenha apresentado desempenho inferior ao de seus pares no último mês (-11% em relação a BBDC4 e -8% frente o ITUB4), o JPMorgan ainda projetava um pregão mais fraco pós-balanço.
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“No entanto, somos compradores em caso de fraqueza, já que a ação do banco já está sendo negociada em torno de 1 vez o Price to Book Ratio (P/B), ou Preço sobre Valor Patrimonial (P/VPA), o que tendemos a ver como um piso teórico para potencial fechamento de capital (ou seja, a controladora detém cerca de 91% das ações)”, aponta o JPMorgan, que segue com recomendação overweight (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para SANB11.