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A gigante de bebidas Ambev (ABEV3) divulgou nesta quinta-feira (31) seus resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25), que foram considerados fracos pelo Goldman Sachs, entre outras companhias. Com isso, as ações da companhia fecharam com queda de 5,25%, a R$ 12,46. O banco americano destacou uma queda de 9% no volume de cerveja no Brasil, desempenho abaixo do esperado na América Latina Sul e lucro líquido 7% inferior ao consenso Bloomberg.

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Além disso, o Goldman Sachs aponta pressões futuras decorrentes da inflação de custos mais alta, aumento da concorrência, especialmente da Heineken, e um cenário de consumo fraco, fatores que, segundo a instituição, justificam uma avaliação menor para as ações da companhia.

O Goldman Sachs reiterou sua recomendação de venda, com preço-alvo de R$ 11,70 e antecipa uma reação negativa relevante do mercado aos resultados. Resultado foi impulsionado pelo crescimento do EBITDA e menor despesa com imposto de renda, parcialmente compensados por maior despesa financeira líquida

Para JPMorgan, os resultados do segundo trimestre da Ambev evidenciaram desafios. A receita líquida somou R$ 20,1 bilhões, alta modesta de 0,2% na comparação anual (3,4% na base orgânica), mas 4,6% abaixo da estimativa do JPMorgan, principalmente devido à forte queda nos volumes de cerveja no Brasil (BZ Beer), que recuaram 8,9% ante o mesmo período de 2024, contra projeção do banco de queda de 4%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) normalizado totalizou R$ 6,153 bilhões, avanço de 5,9% na base anual (7,6% de forma orgânica) e praticamente em linha com as estimativas do JPMorgan, apesar da receita mais fraca, beneficiado por despesas de vendas, gerais e administrativas (SG&A) menores que o esperado, especialmente no Brasil — ponto considerado positivo pela instituição.

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O lucro líquido normalizado atingiu R$ 2,832 bilhões, alta de 15,2% na comparação anual, impulsionado pelo crescimento do Ebitda e por menores despesas com imposto de renda. Ainda assim, ficou ligeiramente abaixo das projeções do JPMorgan e do consenso. Parte dessa frustração também é atribuída a perdas maiores que o esperado com instrumentos não derivativos.

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A companhia manteve sua projeção de custos, com foco na gestão dos impactos cambiais e de commodities. Para o JPMorgan, as ações devem reagir negativamente, com possibilidade de revisões para baixo nas estimativas do consenso diante da decepção com os volumes de cerveja no Brasil — fraqueza já sinalizada pela Heineken em seus resultados divulgados no início da semana.

O JPMorgan reiterou recomendação neutra e preço-alvo de R$ 16.

A XP Investimentos avaliou que a Ambev (ABEV3) apresentou um trimestre de difícil leitura, com volumes pressionados por condições climáticas adversas e/ou setores mais fracos, além de custos crescentes e reajustes generalizados de preços.

Na visão da corretora, a pressão de custos deve afetar o setor de forma duradoura, mas a Ambev, por ter sido a primeira a reajustar preços, parece estar mais bem posicionada para o segundo semestre de 2025. A XP avalia que, não fosse pelo clima frio, as vendas de cerveja poderiam ter sido melhores, apesar dos aumentos de preços, especialmente no Brasil, onde junho respondeu por 60% da queda no volume do trimestre.

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A companhia anunciou dividendos intermediários de R$ 2 bilhões, em linha com o primeiro trimestre, que, se mantidos de forma recorrente e sem surpresas no quarto trimestre, são considerados pouco atrativos. A XP também apontou que esperava reação negativa das ações no pregão desta quinta-feira, mas ressalta que a teleconferência poderá influenciar de forma relevante as expectativas para o segundo semestre.

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Entre os destaques operacionais, a XP aponta que a operação de cervejas no Brasil (BZ Beer) apresentou resultados abaixo do esperado, com queda de volumes de 8,9% na comparação anual, ficando 7,5% abaixo das estimativas da casa. O recuo foi atribuído a um cenário mais desafiador, especialmente em junho, por conta do clima frio, e à estratégia de preços pós-Carnaval, que contribuiu para perda de participação de mercado na casa de um dígito baixo.

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A divisão de bebidas não alcoólicas no Brasil (BZ NAB) também veio abaixo das estimativas em todos os aspectos, impactada por condições climáticas adversas, com Ebitda ajustado 8% menor que o projetado e estável frente ao ano anterior. Na América Latina Sul (LAS), o Ebitda ajustado ficou 5,2% abaixo das estimativas, também estável na comparação anual, principalmente devido a preços mais fracos que o esperado.

Por outro lado, a XP destacou que a América Central e Caribe (CAC) registrou alta de 16% no Ebitda ajustado em relação ao ano anterior, 7,9% acima do esperado, impulsionada por margens melhores que as projetadas. No Canadá, o Ebitda ajustado cresceu 15,1% na base anual, superando em 2,9% as estimativas, com volumes acima das previsões.

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Para o Itaú BBA, os números também foram fracos. O banco espera discussões intensas sobre a elasticidade de preços da cerveja no Brasil, diante da expressiva frustração com volumes e do desafio de compensar a aceleração da inflação de custo caixa por hectolitro (cash COGS/hl). No geral, o BBA também antecipa reação negativa das ações no pregão de hoje.

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