Nesta terça-feira (12), o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com alta de 1,69%, aos 137.913,68 pontos. Durante a sessão, o Ibovespa chegou a subir mais de 2% e operar no nível dos 138 mil pontos.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,3870, com queda de 1,01%. No cenário doméstico, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em julho, ante expectativa de 0,35%. A inflação acumula alta de 3,26% entre janeiro e julho e de 5,23% em 12 meses.
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A Sabesp divulgou nesta segunda-feira (11) que obteve lucro líquido de R$ 2,13 bilhões no segundo trimestre deste ano, um crescimento de 78% em relação ao mesmo período de 2024.
Segundo a empresa, os resultado refletem melhorias operacionais feitas nos últimos meses, incluindo o efeito do repasse de novas tarifas, a eliminação de descontos para grandes clientes, o aumento do consumo e a adição de novas ligações, alinhadas às metas de universalização da companhia.
A Sabesp (SBSP3) ainda destaca que o resultado foi impulsionado por melhorias na eficiência de custos, com reduções nas despesas gerais e “uma força de trabalho mais enxuta”.
“Entregamos mais um trimestre de forte desempenho, marcado por crescimento sólido do lucro e geração robusta de caixa, evidenciando a materialização da nossa jornada de eficiência. Nosso ritmo acelerado de investimentos, que atingiu R$ 3,6 bilhões neste trimestre, com crescimento sequencial, é um reflexo claro do nosso compromisso com a universalização. Estamos executando nossa estratégia com agilidade, ampliando o acesso à água potável e ao saneamento em toda nossa área de concessão”, afirmou Daniel Szlak, diretor financeiro da Sabesp, em comunicado.
Nos primeiros seis meses do ano, a Sabesp acumula lucro de R$ 3,6 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), indicador que mede geração de caixa, somou R$ 3,89 bilhões, uma alta de 34% na comparação ano a ano.
Analistas esperavam lucro líquido ajustado de R$ 1,25 bilhão e Ebitda de R$ 3,08 bilhões nos meses de abril a junho.
De acordo com o comunicado, a Sabesp investiu R$ 3,6 bilhões no trimestre -um aumento de 26% em relação ao último trimestre e de 178% na comparação anual- com foco em melhorias de infraestrutura e projetos de expansão diretamente voltados ao cumprimento das metas de universalização.
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No último mês, a Sabesp completou um ano de privatização. Um dos principais argumentos do Governo de São Paulo para desestatizar a companhia foi antecipar a universalização dos serviços de água e esgoto do estado de 2033 para 2029. Para isso, a Sabesp terá de investir cerca de R$ 70 bilhões nos próximos cinco anos.
A privatização da Sabesp teve início em fevereiro de 2023, a partir de um estudo de viabilidade conduzido pelo IFC (International Finance Corporation). O processo foi concluído em 23 de julho de 2024, em uma cerimônia realizada na B3 (a Bolsa de Valores de São Paulo).
Com a desestatização, o governo estadual levantou R$ 14,77 bilhões, com a ação vendida pelo Estado precificada em R$ 67. O valor foi cerca de 20% inferior ao preço do papel da companhia à época.
Em uma oferta sem concorrência para a escolha do investidor estratégico, a Equatorial arrematou 15% dos papéis da companhia de saneamento de São Paulo.
Altas e quedas no Ibovespa
Os balanços do segundo trimestre (2T25) continuaram a movimentar a carteira teórica do Ibovespa. Nesta terça-feira (12), os destaques foram para BTG Pactual (BPAC11) e Sabesp (SBSP3), que subiram mais de 10% e lideraram a ponta positiva do principal índice da bolsa brasileira.
O banco registrou um lucro líquido ajustado recorde de R$ 4,2 bilhões entre abril e junho, disparada de 42% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado também superou o esperado do consenso da Bloomberg, que aguardava R$ 3,64 bilhões.
Já o ROE, que mede o retorno sobre o patrimônio líquido, ficou em 27,1% no ano, salto de quatro pontos percentuais. Dessa forma, o BTG não só ultrapassou como abriu distância para o Itaú (ITUB4) no quesito rentabilidade, que chegou a 23,3% nesse trimestre.
Já a companhia de saneamento básico de São Paulo apresentou resultados sólidos e acima do esperado, na avaliação de analistas. A Sabesp registrou lucro líquido ajustado de R$ 1,96 bilhão no 2T25, alta de 64% ante o mesmo período do ano anterior, superando a estimativa de R$ 1,28 bilhão.
A ponta negativa foi liderada por Natura&Co (NTCO3), também em reação aos resultados trimestrais. A varejista teve um lucro líquido de R$ 195 milhões no segundo trimestre de 2025, que reverteu o prejuízo de R$ 859 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. Embora a linha tenha sido positiva, analistas avaliaram o balanço como misto.
Entre os pesos-pesados, a Petrobras (PETR3; PETR4) fechou em leve queda pressionada pelo desempenho do petróleo Brent e Vale (VALE3) subiu mais de 1% com apoio da valorização do minério de ferro na China.
