O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) acatou o pedido da Petrobras (PETR4) para se tornar terceira interessada no processo de aquisição das ações da NSP Inv, controladora da Braskem (BRKM5), por um fundo ligado a Nelson Tanure.
De acordo com informações do jornal Valor Econômico, a decisão tem implicações significativas: a transação, que havia recebido luz verde preliminar da área técnica do Cade, agora enfrentará atrasos e pode até mesmo ser inviabilizada.
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A Petrobras justificou sua intervenção ao alegar que não foi notificada da intenção de venda, tomando conhecimento da operação apenas por meio de um fato relevante divulgado pela Braskem.
A estatal sustenta que o acordo de acionistas da Braskem, firmado com a Novonor, lhe concede direitos de preferência e tag along em qualquer venda das ações da controladora na petroquímica.
A empresa encaminhou ao Cade uma notificação extrajudicial enviada à Novonor, na qual a transação é apontada como uma ofensa ao acordo.
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Segundo o Valor, a Petrobras solicitou acesso a todas as informações sobre a operação previamente aprovada, buscando verificar se seus direitos foram violados.
O presidente do Cade, conselheiro Gustavo Augusto, após solicitar documentos justificativos, admitiu a Petrobras como parte interessada na última sexta-feira (15) e encaminhou o processo para um conselheiro-relator para a devida análise.
Odebrecht e a Venda das Ações da NSP Investimentos da Braskem: A Transação com Fundo de Nelson Tanur
A transformação estratégica da Odebrech, conhecida por escândalos de corrupção nacional e internacional, durante os antigos governos PT, hoje como Novonor, segue em ritmo acelerado, especialmente no que tange à sua participação acionária na gigante petroquímica Braskem (BRKM5). Nos últimos meses, ganhou destaque a negociação para a venda das ações da NSP Investimentos S.A., holding que detém a maioria das ações ordinárias da Braskem, para o fundo de investimento Petroquímica Verde FIP, controlado pelo renomado empresário Nelson Tanure.
Situação Atual e Contexto da Negociação
Atualmente, a Novonor detém cerca de 38,32% do capital total e 50,11% das ações ordinárias da Braskem, assumindo, portanto, o controle do conselho da petroquímica. Em meio ao processo de recuperação judicial da holding, a venda dessas ações representa uma manobra financeira crucial para o reforço do caixa e redução de passivos, evidenciando uma estratégia clara de desinvestimentos da Odebrecht.
Apesar da complexidade da operação, a transação foi submetida e recebeu aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em julho de 2025, sinalizando uma alta probabilidade de validação final do negócio. Mas agora a Petrobras também quer participar do negócio.