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O banco suíço J. Safra Sarasin foi condenado pela Procuradoria Geral da Suíça a pagar uma multa de 3,5 milhões de francos suíços, equivalente a cerca de US$ 4,3 milhões, em decorrência de uma investigação ligada ao escândalo da Lava Jato. A decisão foi divulgada no dia 22 de agosto de 2025 e marca mais um capítulo na operação internacional que combate a corrupção e a lavagem de dinheiro.

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Decisões judiciais relacionadas à operação Lava jato continuam a ocorrer fora do Brasil, mesmo depois do Supremo Tribunal Federal (STF) anular a maioria dos processos contra empreiteiras e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Inclusive determinando a destruição de provas dos crimes.

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Desta vez o Ministério Público da Suíça aplicou sanções ao Banco J. Safra Sarasin, controlado pelo Grupo safra desde 2011.

A multa foi aplicada por falhar em adotar medidas suficientes para coibir operações de lavagem de dinheiro entre 2011 e 2014. O valor envolvido nessas transações ilícitas chegou a 71 milhões de francos suíços, segundo autoridades do país.

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A investigação suíça se concentrou na atuação do banco em movimentações financeiras suspeitas relacionadas ao esquema de propinas e desvios descobertos pela Lava Jato, que envolveram grandes empresas brasileiras e corrupção em contratos públicos. O J. Safra Sarasin foi penalizado por não adotar as medidas necessárias para prevenir a lavagem de dinheiro e falhas nos controles internos.

O caso reforça como os desdobramentos da Lava Jato ultrapassaram fronteiras, atingindo instituições financeiras globais e destacando o esforço conjunto dos órgãos de fiscalização para coibir crimes financeiros em várias jurisdições.

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Além da multa bilionária, a condenação do banco suíço destaca a importância da implementação rigorosa de compliance e programas anticorrupção nas instituições financeiras para evitar envolvimento com atividades ilícitas.

As investigações começaram em 2011 e envolveram análises das atividades de uma ex-gestora de patrimônios do Banco, apontada como colaboradora em esquemas de corrupção ligados a agentes públicos estrangeiros. O foco das investigações foi o elo com a Petrobras (PETR3., PETR4), no contexto da Lava Jato.

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Segundo afirmou o Ministério Público Suíço a Petrobras foi a parte demandante no presente processo. As apurações mostraram que contas do J. Safra Sarasin serviram para movimentação de propinas destinadas a executivos da Petrobras indicados pelo PT, com objetivo de beneficiar subsidiárias da estatal em negociações e execuções de contratos. Além disso, a nota detalhou que “várias relações bancárias foram abertas no J. Safra Saransin na Suíça, e utilizadas para receber ou transferir pagamentos corruptos de cerca de dez empresas ativas no setor petrolífero e da construção civil no Brasil.”

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No mesmo comunicado, foi informado que o Banco suíço transferiu US$ 19,7 milhões à Petrobras, parte demandante do processo, como parte de um acordo. Por conta desse pagamento, a Justiça suíça decidiu não impor valores extras além da multa já aplicada à instituição.

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“Em 22 de agosto, a Procuradoria-Geral da Suiça encerrou de forma definitiva, o processo relacionado a eventos ocorridos há mais de dez anos”, declarou o banco. “Esta decisão não constitui admissão de culpa nem aceitação de responsabilidade por parte do Banco ou de quaisquer de seus representantes.”

Este desdobramento internacional da Lava Jato demonstra o alcance global da operação e o compromisso dos países em combater a lavagem de dinheiro e a corrupção no sistema financeiro mundial.

Essa penalização significativa destaca o papel vital que a Suíça vem desempenhando no combate a crimes financeiros e na proteção da integridade do mercado financeiro global, algo abolido no Brasil com a destruição da Operação Lava Jato pelo STF.

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