O Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções criminosas do Brasil, está infiltrado e controla um império bilionário que atravessa pelo menos 15 setores da economia formal do país. Isso inclui desde postos de gasolina e empresas de ônibus até fintechs, mineração ilegal e agenciamento de jogadores de futebol.
MAIS: IPO da Gemini tem forte demanda e faz preço das ações…
Setores econômicos dominados pelo PCC
Segundo investigações do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e operações conjuntas da Polícia Federal e Receita Federal, o PCC expandiu sua atuação para negócios lícitos, utilizando essas empresas para lavagem de dinheiro oriundo de atividades criminosas, sobretudo o tráfico nacional e internacional de drogas. A facção também lucra diretamente com fraudes em alguns desses setores, prejudicando consumidores.
Os principais segmentos onde o PCC atua são:
- Postos de gasolina
- Agências de automóveis
- Imobiliárias
- Construção civil
- Casas de câmbio no Paraguai
- Bancos digitais, fintechs e fundos de investimento, incluindo Bitcoin
- Empresas de transporte público metropolitano
- Igrejas
- Mineração ilegal
- Organizações sociais ligadas à saúde pública, limpeza urbana e coleta de lixo
- Empresas de apostas e jogos de azar (bets)
- Clubes e empresas ligadas ao futebol
- Frotas de caminhões para transporte
- Terminais portuários
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News
Lavagem de dinheiro e ganhos lícitos
De acordo com o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, o PCC deixou de operar apenas com empresas de fachada e hoje gerencia empreendimentos reais que prestam serviços à população, mesclando o dinheiro sujo das drogas com os lucros legítimos dessas operações.
O uso crescente de fintechs e fundos de investimento representa uma evolução no modus operandi da facção, que busca movimentar os recursos de forma rápida, anônima e com menor controle.
LEIA: PT quer anistiar multas de greves ilegais de sindicatos, mas não quer anistiar presos políticos
Cooperação internacional para combate ao crime organizado
Em um movimento sem precedentes, o MP-SP e a Procuradoria Nacional Antimáfia e Antiterrorismo da Itália formalizaram um acordo de cooperação técnica para troca de informações, capacitação e ações conjuntas contra o crime organizado transnacional, incluindo o PCC. Essa parceria fortalece o combate ao grupo que atua em múltiplos setores e amplia sua atuação internacional.
VEJA: Alta incansável do aluguel faz crescer a inadimplência até mesmo dos…
