O discurso do presidente argentino Javier Milei na 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2025 destacou uma forte crítica à instituição, evidenciando o que ele chamou de hipocrisia da entidade. Milei acusou a ONU de ter se desviado de seu propósito original, que seria mediar a paz entre os Estados, para passar a tentar controlar não só os países, mas também a vida individual de cada cidadão dos Estados-membros.
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Ele argumentou que a ONU criou uma extensa burocracia, com diversas agências e programas que, na visão dele, pouco resultam e muito complicam, prejudicando a eficácia da organização. Milei fez um apelo para que a ONU se restrinja ao que ele considera essencial: preservar a paz e a segurança internacionais. Fora disso, a iniciativa deveria ser devolvida aos Estados soberanos, que possuem legitimidade democrática para gerir suas próprias políticas.
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Além disso, o presidente argentino elogiou Donald Trump por sua postura crítica à ONU e suas políticas econômicas e anti-imigração, propondo um enfraquecimento da entidade, como forma de conter o que percebe como uma atuação exagerada da organização mundial. Milei também defendeu a redução dos programas da ONU, pela eliminação daqueles considerados ineficazes e pela priorização de um financiamento atrelado a resultados verificáveis.
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Segundo ele, o livre mercado e a propriedade privada são sagrados e devem ser protegidos contra qualquer intervenção da ONU que restrinja a capacidade dos Estados de crescer economicamente, atrair investimentos e promover o comércio livre. Seu discurso ecoa uma visão ultraliberal e nacionalista, que contrasta com vozes que clamam por uma ONU autoritária e controladora de países e indivíduos, como a do presidente Lula, que defende maior representatividade de seus países aliados e autoritários na organização.
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Em suma, o discurso de Milei escancarou a visão de uma ONU que, segundo ele, se afasta de suas funções principais e se inclui indevidamente na soberania dos países e na liberdade individual, sugerindo uma reformulação ou até uma redução da entidade para que volte a focar apenas na paz e segurança globais.