A Caixa Econômica Federal suspendeu a linha de financiamento imobiliário com juros vinculados à poupança, em uma decisão que pegou de surpresa corretores e clientes. Segundo o setor, a modalidade deve retornar reformulada em dezembro sob o nome “Poupança+”, com taxas entre 12% e 13%.
Propostas já aprovadas pelo banco estatal, podem ser contratadas até 10 de outubro de 2025. Após essa data, será necessária nova análise de risco, com adequação às regras atualizadas.
Segundo o Sindimóveis-RS, a escassez de recursos da poupança foi determinante para a suspensão. Em 2024, a participação da caderneta no funding do crédito habitacional caiu para apenas 32%, pressionada por saques consecutivos.
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O produto vinha sendo pouco utilizado. Embora anunciado com taxa de 10,39% ao ano, na prática, os reajustes sobre as parcelas e o saldo devedor elevavam o custo efetivo para algo próximo de 12%. Com isso, muitos clientes migraram para outras opções, como o financiamento via Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), atualmente em 11,29% ao ano.
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Além da linha atrelada à poupança, o financiamento corrigido pelo IPCA também está em revisão. O Banco Central afirmou que estuda um novo modelo de amortização que reduza os impactos da inflação sobre as prestações, numa tentativa de tornar o produto mais competitivo.
Outra mudança relevante foi o aumento do valor mínimo de contratação. Para aquisição de imóveis, o limite subiu de R$ 50 mil para R$ 100 mil, enquanto para construções passou de R$ 50 mil para R$ 150 mil. A medida pode dificultar operações de menor valor, especialmente em cidades do interior ou em imóveis de entrada.