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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quarta-feira que entrou em contato com o chanceler Mauro Vieira para solicitar “todo apoio” à deputada Luizianne Lins (PT-CE), detida após a interceptação pela Marinha israelense de embarcações da chamada Flotilha Global Sumud, que levava ajuda humanitária em direção à Faixa de Gaza.

Um total de 39 barcos da flotilha humanitária Global Sumud, da qual faz parte a ativista Greta Thunberg foram interceptados pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) enquanto se dirigiam a Gaza desde o início da operação, na tarde desta quarta-feira (1°), informou à Agência EFE a porta-voz italiana Maria Elena Delia.

O restante das embarcações que formavam a flotilha, os barcos menores, continuam a navegação, mas é quase certo que também serão interceptados em breve, acrescentou a porta-voz.

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“Vamos procurar, dentro do que couber à Presidência da Câmara, dar todo o apoio para que a parlamentar possa restabelecer suas condições de liberdade”, disse Motta, ao confirmar a iniciativa durante a votação da ampliação do imposto de renda.

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A Deputada deveria estar trabalhando no Congresso Nacional pelo povo do Ceará. Mas estava em alto mar indo para Gaza. O Brasil já contribui com o ONU através do dinheiro de impostos dos brasileiros, para estas e outras missões humanitárias.

Pelas redes sociais internautas pedem que o Itamaraty e Hugo Motta também se empenhem para libertar os reféns mantidos pelos terroristas do Hamas por mais de ano.

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Segundo ele, a notícia foi recebida com surpresa.
“Fui informado sobre o incidente envolvendo Luizianne Lins, deputada respeitada com quem tenho relação de amizade. Na semana passada, falei com a deputada e concedi uma licença temporária para que ela pudesse cumprir essa missão humanitária. Diante do que ocorre hoje na Faixa de Gaza, confesso que a notícia me pegou de surpresa”, afirmou.

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O presidente da Câmara relatou ainda ter acionado imediatamente o Itamaraty.

“Liguei para o chanceler Mauro Vieira solicitando todo o apoio do ministério”, completou.

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No plenário, a deputada Erika Kokay (PT-DF) também se manifestou em defesa da colega.

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“Temos uma parlamentar em uma flotilha absolutamente humanitária, pacífica, que buscava levar ajuda fundamental para o povo da Palestina, que vive dentre outras torturas a própria fome. Este barco foi interceptado pelo Estado de Israel e seus tripulantes, que envolvem também uma vereadora do PSOL e outros brasileiros. Estamos aqui para dizer que esta Câmara precisa acompanhar esse processo”, disse.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que acompanha “com preocupação” a interceptação da flotilha e deplorou a ação militar de Israel, que, segundo o Itamaraty, “viola direitos e põe em risco a integridade física de manifestantes em ação pacífica”.

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Israel já havia anunciado que não permitiria a aproximação de civis de outros países em meio a guerra e o terrorismo existente no local. Toda ajuda necessária aos palestinos precisa ser prestada de forma ordenada pela Organização das Nações Unidas (ONU), e outros credenciados e especializados no assunto.

O governo brasileiro destacou ainda que a segurança dos detidos passa a ser de responsabilidade do Estado israelense e reiterou o apelo pelo levantamento imediato das restrições à entrada de ajuda humanitária em Gaza.

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Qual a situação dos ocupantes das flotilhas?

No momento, 22 italianos, entre eles vários deputados, foram detidos por Israel no contexto da operação e “estão todos bem”, confirmou o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Itália, as tripulações serão levadas ao porto de Ashdod e mantidas em centros designados, onde poderão aceitar a expulsão voluntária imediata ou rejeitá-la e aguardar a decisão judicial.

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– Os membros da flotilha terão duas opções. A primeira é aceitar a expulsão voluntária imediata, que será realizada o mais rápido possível. A segunda é rejeitar a expulsão imediata e aceitar a detenção na prisão à espera de sua repatriação forçada – explicou em um comunicado.

Caso a expulsão voluntária seja rejeitada, “os membros da Flotilha deverão aguardar a decisão das autoridades judiciais sobre sua expulsão, que geralmente leva de 48 a 72 horas”.

A Chancelaria também informou que está monitorando a intervenção de Israel na flotilha e que será oferecida assistência consular aos detidos, pois a Embaixada da Itália em Tel Aviv está acompanhando o caso de perto e já preparou um programa de assistência consular.

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