O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em 10 de outubro de 2025 a imposição de uma tarifa adicional de 100% sobre produtos importados da China. A medida, que entra em vigor a partir de 1º de novembro, representa uma escalada significativa na guerra comercial entre os dois países. A tarifa de 100% será aplicada sobre todas as mercadorias chinesas, além das tarifas já existentes, que podem chegar a 30%, aumentando substancialmente o custo dos produtos importados do país asiático.
Segundo Trump, a decisão é uma resposta à postura da China, que também anunciou a partir de novembro controles rigorosos sobre a exportação de uma vasta gama de produtos, incluindo componentes estratégicos como terras raras, elementos essenciais para tecnologias de defesa e eletrônicos modernos. O presidente americano classificou a atitude chinesa como “extraordinariamente agressiva” e “inédita no comércio internacional”, denunciando-a como uma “vergonha moral” em relação às demais nações.
Além da tarifa, os Estados Unidos também imporão controles de exportação sobre softwares considerados críticos, cuja licença será rigorosamente regulada. Trump destacou que os Estados Unidos detêm monopólios importantes em setores estratégicos e deixa claro que os americanos estão preparados para agir de forma equivalente caso a China mantenha suas restrições.
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A repercussão imediata no mercado financeiro foi negativa, com quedas acentuadas nos principais índices acionários americanos como Nasdaq, S&P 500 e Dow Jones, além da valorização do dólar frente ao real. Investidores monitoram agora os desdobramentos da disputa, que pode afetar cadeias globais de produção e comércio.
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China terá impacto significativo com a medida
O impacto da tarifa de 100% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos chineses agrava uma situação econômica já delicada na China, que vem enfrentando queda em seu crescimento. A nova tarifa, aliada à decisão chinesa de controlar rigorosamente a exportação de terras raras e outros elementos estratégicos, pode aprofundar a desaceleração da economia chinesa por várias razões:
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- Redução nas exportações: A tarifa elevada dos EUA torna os produtos chineses mais caros e menos competitivos no maior mercado consumidor do mundo, impactando negativamente as vendas internacionais da China, em especial para os Estados Unidos, seu principal parceiro comercial.
- Pressão sobre indústrias estratégicas: O controle das exportações por parte da China, além da reação dos EUA em restringir software crítico, afeta diretamente setores ligados a tecnologia e defesa, pesando sobre a produção e investimentos industriais.
- Impacto na produção e emprego: A diminuição das exportações pode levar a cortes na produção e no quadro de trabalhadores, pressionando ainda mais a economia chinesa que já mostra sinais de estagnação ou recessão.
- Incerteza e tensão comercial: As medidas mútuas ampliam as tensões geopolíticas e comerciais, o que desestimula investimentos internos e externos, aumentando o grau de incerteza econômica na China.
- Possíveis efeitos colaterais globais: A China, como um centro manufatureiro mundial, pode sofrer rupturas em suas cadeias produtivas, afetando também aliados e parceiros comerciais, aumentando a volatilidade nos mercados internacionais.
