A Bolívia vive uma virada histórica. Após duas décadas sob governos do Movimento ao Socialismo (MAS), o país elegeu Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), como novo presidente. A vitória representa o fim de um ciclo político iniciado por Evo Morales em 2006 e marca o retorno da direita ao poder.
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Rodrigo Paz vence com 54,5% dos votos
- O segundo turno das eleições presidenciais foi realizado em 19 de outubro de 2025.
- Rodrigo Paz obteve 54,5% dos votos válidos, derrotando Jorge “Tuto” Quiroga, da aliança conservadora Libre.
- A participação eleitoral foi alta, com estimativas entre 85% e 89% dos 7,9 milhões de eleitores habilitados.
- A posse está marcada para 8 de novembro, em La Paz.
Fim da hegemonia do MAS
- O MAS governava a Bolívia desde 2006, com exceção do período interino de Jeanine Áñez (2019–2020).
- O partido foi fundado por Evo Morales e liderado nos últimos anos por Luis Arce.
- A derrota reflete desgaste político, crise econômica e perda de apoio popular, especialmente entre jovens e setores urbanos.
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Nova agenda: “Capitalismo para todos”
Rodrigo Paz propõe uma plataforma liberal com foco em:
- Formalização de pequenas empresas
- Atração de investimentos internacionais
- Reinserção da Bolívia no mercado global
- Combate à corrupção e modernização do Estado
Seu slogan, “capitalismo para todos”, sinaliza uma ruptura com o modelo estatizante do MAS.
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Desafios econômicos e políticos
- A Bolívia enfrenta a pior crise econômica em quatro décadas, com inflação elevada, desemprego e queda na produção.
- O PDC não conquistou maioria no Legislativo, o que exigirá articulação política para aprovar reformas.
- Paz terá que equilibrar expectativas de mudança com pressões sociais e institucionais.
Repercussão internacional
A vitória de Rodrigo Paz foi recebida com entusiasmo por setores liberais e conservadores da América Latina. Analistas apontam que a Bolívia se junta a uma onda de governos de direita na região, ao lado de Argentina, Uruguai (esquerda centrala) e Paraguai.
