A Meta (META), empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou uma reestruturação significativa em sua divisão de Inteligência Artificial (IA), com a demissão de aproximadamente 600 funcionários e a nomeação de um novo líder para o setor. A medida faz parte de uma estratégia mais ampla para reposicionar a companhia na corrida global pela liderança em IA generativa.
Os cortes atingiram principalmente equipes ligadas ao desenvolvimento de produtos e pesquisa em IA, incluindo profissionais que atuavam em projetos internos e experimentais. A decisão surpreendeu parte dos colaboradores, já que a Meta tem investido fortemente em IA nos últimos anos, com destaque para o lançamento dos modelos LLaMA (Large Language Model Meta AI).
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Reorganização estratégica
A mudança de liderança na divisão de IA tem como objetivo acelerar a integração de tecnologias de linguagem natural e IA generativa nos principais produtos da empresa. A Meta busca tornar suas plataformas mais inteligentes e personalizadas, competindo diretamente com outras gigantes do setor como Google, Microsoft e OpenAI.
O novo chefe da área — cujo nome ainda não foi oficialmente divulgado — terá a missão de alinhar os esforços de pesquisa com as demandas comerciais, garantindo que os avanços em IA sejam rapidamente incorporados às experiências dos usuários nas redes sociais e aplicativos de mensagens.
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Cortes em meio à expansão
Apesar do crescimento acelerado da IA, a Meta segue a tendência de outras big techs que estão promovendo reduções de custos operacionais e revisões internas de estrutura, mesmo em áreas consideradas estratégicas. A empresa já havia realizado demissões em outras divisões nos últimos dois anos, como parte de um plano de enxugamento iniciado após a queda de receita publicitária e o aumento da concorrência.
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Especialistas apontam que os cortes podem sinalizar uma mudança de foco: menos projetos experimentais e mais aplicações práticas e escaláveis. A Meta pretende concentrar seus recursos em iniciativas que tragam retorno direto, como assistentes virtuais, sistemas de recomendação e ferramentas de automação para empresas.
Impacto no setor de tecnologia
A decisão da Meta reforça o cenário atual do setor de tecnologia, em que empresas buscam equilibrar inovação com sustentabilidade financeira. Embora os avanços em IA continuem sendo prioridade, há uma pressão crescente por resultados tangíveis e monetizáveis.
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Para os profissionais da área, o episódio serve como alerta: mesmo em setores de ponta, a estabilidade depende cada vez mais da capacidade de gerar valor imediato. Já para o mercado, a movimentação da Meta pode influenciar outras empresas a reverem suas estratégias de investimento em IA.




















