A mineradora Vale (VALE3) divulgou nesta quinta-feira (30) seus resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre de 2025, com lucro líquido de R$ 14,6 bilhões — alta de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida somou R$ 56,7 bilhões, impulsionada pela valorização do minério de ferro e do dólar, além de uma produção recorde.
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Produção em alta e disciplina operacional
A companhia registrou o maior volume trimestral de produção de minério de ferro desde 2018 e o melhor desempenho em cobre para um terceiro trimestre desde 2019. A retomada do segundo forno em Onça Puma e os avanços no programa Novo Carajás também foram destacados como marcos estratégicos.
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Lucro por ação abaixo das expectativas
Apesar do lucro robusto, o lucro por ação (LPA) acumulado nos últimos 12 meses foi de R$ 6,43 — abaixo das projeções do mercado. Ainda assim, analistas apontam que a Vale está “fazendo a lição de casa”, com disciplina fiscal e foco na alocação de capital.
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Mercado reage com otimismo moderado
A XP Investimentos avaliou que a empresa está no caminho certo para cumprir suas metas de produção em 2025. No entanto, grandes bancos mantêm cautela quanto à sustentabilidade dos resultados no longo prazo. A expectativa é de reação positiva no pregão seguinte, especialmente diante da possibilidade de dividendos extraordinários.
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Projeção de dividendos bilionários
A Vale poderá distribuir até R$ 21 bilhões em dividendos em 2025, segundo estimativas de analistas. A projeção por ação varia entre R$ 8,97 e R$ 13,00, com mediana de R$ 11,24. O último pagamento confirmado foi de R$ 1,90 por ação em setembro, via juros sobre capital próprio (JCP).
Contexto favorável à distribuição
Entre os fatores que sustentam essa expectativa estão:
- Forte geração de caixa em moeda estrangeira
- Redução da dívida líquida
- Alta do minério de ferro (US$ 94,40 por tonelada)
- Dólar valorizado
A confirmação oficial dos valores e datas de pagamento ainda é aguardada, mas o mercado já precifica uma distribuição generosa para os acionistas.
