O Comando Vermelho (CV), uma das maiores facções criminosas do Brasil, atualmente já conta com um contingente de homens armado e organizado que ultrapassa o tamanho dos exércitos de vários países vizinhos. Com presença confirmada em pelo menos 23 estados brasileiros, a facção vem consolidando um “exército paralelo” estimado em cerca de mil combatentes fortemente armados, que resistem não apenas à repressão policial, mas também travam disputas violentas contra grupos rivais e milícias locais.
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O relatório obtido pelo levantamento do Internacional Institute for Strategic Studies (IISS) de 2025, o Uruguai tem aproximadamente 21 mil militares ativos, enquanto o Paraguai possui 14 mil. O contingente do CV, portanto já ultrapassa os exércitos regulares de ambos os países.
A facção criminosa reúne hoje cerca de 30 mil integrantes. As informações constam do relatório da organização InSight Crime, publicado em 2020 e atualizado este ano.
Segundo fontes de segurança e pesquisas acadêmicas, o CV controlava até 2024 pouco mais de 50% das áreas sob domínio de criminosos no Grande Rio, incluindo 70% das favelas do estado do Rio de Janeiro, agressivamente retomando territórios perdidos em anos anteriores. O fortalecimento ocorreu mesmo após grandes operações policiais, como a deflagrada em outubro de 2025, qualificadas como a maior dos últimos 15 anos, que resultou na prisão de mais de 110 integrantes, apreensão de armas diversas, drogas e grandes quantidades de munição.
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A facção não só ampliou seu domínio territorial como também sua capacidade bélica e estrutural, contando com logística, liderança descentralizada e alianças estratégicas que permitiram sua expansão para importantes rotas de tráfico no interior do país e até em fronteiras internacionais. O Comando Vermelho se aproxima de um poderio comparável a forças armadas oficiais de países menores vizinhos do Brasil, com armamento pesado e capacidade militarizada para manter territórios controlados e impor sua lei de violência.
O crescimento explosivo do Comando Vermelho resulta, em parte, da dificuldade do Estado em combater o crime organizado, agravada por limitações legais à atuação policial, crises no sistema de segurança pública e investimentos insuficientes em inteligência.
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A decisão do Supremo Tribunal Federal que restringiu operações policiais em favelas após denúncias de supostos abusos contribuiu para a reestruturação e fortalecimento desses grupos. O STF tem se envolvido em áreas que não são de sua competência segundo especialistas e agravado vários problemas no Brasil.
Especialistas e autoridades veem no Comando Vermelho um fenômeno de segurança pública que extrapola a criminalidade comum, com potencial para impactos sociais graves devido ao controle territorial e político que exercem em diversas comunidades. O governador do Rio, em declarações recentes, chegou a afirmar que a opinião pública apoia classificar facções como o CV como grupos terroristas, dada a capacidade de violência e subversão que detêm.
