A Serena Energia (SRNA3), companhia do setor de geração de energia renovável, anunciou nesta quarta-feira, 5 de novembro de 2025, que a Ventos Alísios Participações Societárias adquiriu 403 milhões de ações ordinárias, equivalentes a 64,8% do capital social da empresa, em leilão realizado como parte da oferta pública de aquisição (OPA) para fechamento de capital.
Esses movimentos têm gerado debates sobre o ambiente de negócios no Brasil e o papel da B3 na atração e retenção de empresas.
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Detalhes da operação
- Valor por ação: R$ 12,63
- Montante total da aquisição: R$ 5,10 bilhões
- Participação final da Ventos Alísios: 96,1% do capital social da Serena Energia
- Ações remanescentes em circulação: 24 milhões (3,9% do capital)
A operação marca a saída da Serena do segmento Novo Mercado da B3, considerado o mais exigente em termos de governança corporativa. Com isso, a empresa também converterá seu registro de companhia aberta da categoria “A” para “B”, encerrando sua trajetória como empresa listada na Bolsa.
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Estratégia da Ventos Alísios
A Ventos Alísios é controlada pelos fundos Actis e GIC, que já detinham participação relevante na Serena. A aquisição reforça a estratégia de consolidação no setor de energia renovável, com foco em ativos de geração eólica e solar. A compra das ações amplia o controle sobre a operação e facilita decisões estratégicas sem os entraves da regulação do mercado de capitais.
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Impacto no mercado
As ações da Serena Energia encerraram o pregão anterior ao leilão cotadas a R$ 12,50, praticamente alinhadas ao valor ofertado na OPA. A operação foi bem recebida por analistas, que destacam o movimento como parte de uma tendência de fechamento de capital de empresas com perfil de longo prazo, buscando maior flexibilidade operacional e menor exposição à volatilidade do mercado.
A saída da Serena Energia da Bolsa representa uma mudança significativa no setor de energia renovável, com implicações para investidores e para o modelo de financiamento de projetos sustentáveis no Brasil. Se quiser, posso te ajudar a transformar esse conteúdo em uma análise para investidores ou em um post otimizado para redes sociais.
Empresas que não querem mais negociar no Brasil
Em 2025, várias empresas anunciaram sua saída da Bolsa brasileira, refletindo movimentos estratégicos e mudanças no mercado. Abaixo estão algumas das principais companhias que comunicaram esse processo.
Esses movimentos têm gerado debates sobre o ambiente de negócios no Brasil e o papel da B3 na atração e retenção de empresas.
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Empresas que anunciaram saída da B3 em 2025
- Serena Energia
- A empresa comunicou sua intenção de fechar o capital e sair do Novo Mercado da B3.
- O movimento foi aprovado pelos acionistas e está em fase final de execução.
- Alliar (Centro de Imagem Diagnósticos)
- A companhia já vinha sinalizando o fechamento de capital desde 2023, e em 2025 confirmou a conclusão do processo.
- Melnick Desenvolvimento Imobiliário
- A incorporadora gaúcha anunciou em 2025 que deixará a Bolsa após reorganização societária com a Even.
- Unifique Telecomunicações
- A operadora catarinense comunicou aos investidores sua intenção de sair da B3, alegando baixa liquidez e foco em operação privada.
- Pet Móvel
- A empresa do setor pet anunciou em abril de 2025 que deixaria o mercado de capitais para focar em expansão via capital fechado.
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Motivos mais comuns para saída da Bolsa
- Baixa liquidez das ações
- Custos elevados de manutenção como empresa listada
- Reestruturações societárias
- Mudança de estratégia para capital fechado
- Fusões e aquisições
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Empresas que fecharam ou anunciaram saída da B3 (2024–2025)
| Empresa | Ano | Setor | Motivo principal da saída |
|---|---|---|---|
| PCAR (Grupo Pão de Açúcar) | 2025 | Varejo | Reestruturação após venda de ativos |
| Serena Energia | 2025 | Energia | Reestruturação societária |
| Alliar | 2025 | Saúde / Diagnóstico | Baixa liquidez e foco em operação privada |
| Melnick | 2025 | Imobiliário | Incorporação pela Even |
| Unifique | 2025 | Telecomunicações | Baixa liquidez e custos elevados |
| Pet Móvel | 2025 | Varejo / Pet | Expansão via capital fechado |
| Priner Serviços Industriais | 2025 | Engenharia / Manutenção | Oferta pública para fechamento de capital |
| Desktop Internet | 2025 | Telecomunicações | Desempenho fraco após IPO |
| Dotz | 2025 | Fidelidade / Tecnologia | Mudança de estratégia e baixa performance |
| Boa Safra Sementes | 2025 | Agronegócio | Reestruturação e foco em operação privada |
| TC (TradersClub) | 2025 | Finanças / Tecnologia | Baixa liquidez e revisão de modelo de negócios |
| OceanPact | 2024 | Serviços Marítimos | Oferta pública para fechamento de capital |
| Alper Seguros | 2024 | Seguros | Aquisição por grupo privado |
| Neogrid | 2024 | Tecnologia / Supply Chain | Baixo desempenho e decisão estratégica |
| GetNinjas | 2024 | Tecnologia / Serviços | Baixa liquidez e revisão de modelo |
| Mobly | 2024 | Varejo / Móveis | Desempenho fraco e custos elevados |
| Enjoei | 2024 | Varejo / Moda | Baixa liquidez e mudança de estratégia |
| Westwing | 2024 | Varejo / Decoração | Reestruturação e foco em operação privada |
| Mosaico (Zoom, Buscapé) | 2024 | Tecnologia / Comparadores | Incorporação pela Méliuz |
| Méliuz | 2024 | Fidelidade / Fintech | Reestruturação após fusão |
| BR Partners | 2024 | Finanças / Banco de Invest. | Oferta pública para fechamento de capital |
Tendências identificadas
- Empresas com IPOs recentes (2020–2022) estão revertendo o processo por baixa liquidez e retorno abaixo do esperado.
- Setores mais afetados: tecnologia, varejo digital, telecomunicações e serviços financeiros.
- Principais motivos:
- Alto custo de manutenção como empresa listada
- Falta de interesse do mercado
- Fusões e aquisições
- Reestruturações internas
- Mudança de foco para capital fechado






















