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A preparação para a COP30, conferência climática marcada para 2025, está envolta em polêmica. A Ômega Construtora e Incorporadora, ligada ao empresário Igor de Sousa Jacob, recebeu R$ 4,4 milhões de recursos públicos destinados ao evento, apesar de ser investigada pela Polícia Federal por suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e pagamento de propina.

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Ligações com o governo

  • O crédito foi autorizado pelo Ministério do Turismo, comandado por Celso Sabino, que flexibilizou regras do Fungetur (Fundo Geral do Turismo) para beneficiar empresas do Pará, seu reduto político.
  • A Caixa Econômica Federal liberou os recursos, justificando que seriam usados para concluir o hotel Amazônia Seasons, inaugurado em novembro e voltado a receber turistas da COP30.
  • A decisão de criar linhas especiais de financiamento para empreendimentos ligados à conferência partiu diretamente do governo federal, o que reforça a ligação institucional com os repasses.

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Investigações em andamento

  • A Polícia Federal flagrou Igor Jacob e seu pai retirando R$ 600 mil em espécie, alegando que o dinheiro seria usado para pagar fornecedores e funcionários. Para os investigadores, o saque reforça a suspeita de desvio e propina.
  • O ministro do STF Flávio Dino autorizou a abertura de um inquérito sobre licitação de R$ 142 milhões relacionada à COP30, envolvendo suspeita de organização criminosa, corrupção eleitoral e saques milionários.
  • Além da Ômega, outras empresas locais — como padarias, restaurantes e locadoras — também foram contempladas com empréstimos, ampliando o alcance da investigação.

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Impacto financeiro

  • Até outubro, quase R$ 200 milhões já haviam sido aprovados em empréstimos ligados à COP30.
  • O caso da Ômega expõe fragilidades na análise de crédito e na fiscalização dos repasses, já que empresas sob investigação conseguiram acesso a recursos vultosos.

Repercussão política e internacional

  • O episódio gera desgaste para o governo Lula, pois a COP30 é um evento de grande visibilidade internacional e deveria reforçar a imagem do Brasil como líder em sustentabilidade.
  • A presença de empresas investigadas entre as beneficiadas coloca em xeque a credibilidade da gestão dos recursos públicos e pode comprometer a confiança da comunidade internacional.
  • Parlamentares da oposição já cobram explicações sobre os critérios de liberação dos recursos e pedem maior rigor na fiscalização.

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Em síntese: o caso da Ômega Construtora mostra como decisões políticas do governo federal e a falta de controle rigoroso sobre os repasses da COP30 abriram espaço para que empresas sob investigação fossem beneficiadas. O episódio expõe riscos de uso político da verba pública e reforça a necessidade de transparência e fiscalização em um evento que deveria simbolizar compromisso com o futuro sustentável.

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