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Em um movimento que reacende tensões políticas no Amapá, o Ministério das Comunicações revogou em novembro de 2025 a renovação da licença da rádio Forte FM, pertencente à Fundação Cultural e Assistencial Água Viva — entidade ligada a adversários do senador Davi Alcolumbre (União-AP).

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A decisão ocorre em um ano pré-eleitoral, período em que rádios locais exercem forte influência sobre o eleitorado, especialmente em estados com disputas acirradas como o Amapá.

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Linha do tempo dos acontecimentos

2016: A rádio Forte FM inicia o processo de renovação da outorga para continuar operando legalmente.

  • Fevereiro de 2024: Após anos de impasse, o Ministério das Comunicações concede a renovação da licença.
  • Abril de 2025: O então ministro Juscelino Filho deixa o cargo. O deputado Pedro Lucas Fernandes (União-MA) recusa o convite para assumir a pasta.
  • 24 de abril de 2025: Frederico de Siqueira Filho, indicado por Davi Alcolumbre, assume o comando do Ministério das Comunicações.
  • Novembro de 2025: O ministério revoga a renovação da rádio, alegando que a programação não se enquadra no perfil educativo exigido pela outorga.

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Justificativas e controvérsias

Segundo o ministério, a rádio transmitia conteúdos religiosos, políticos e comerciais — o que violaria os critérios da licença educativa. No entanto, críticos apontam que:

  • A decisão foi tomada após a posse de um ministro indicado por Alcolumbre, adversário direto dos controladores da rádio.
  • A revogação ocorre às vésperas do ciclo eleitoral de 2026, quando rádios locais são ferramentas estratégicas de influência política.
  • A rádio vinha destacando ações do prefeito Antônio Furlan (MDB), também opositor de Alcolumbre.

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Situação atual

Apesar da revogação, a rádio continua operando, amparada por decisão judicial que permite funcionamento até o julgamento final pela Justiça Federal de Brasília. O caso levanta questionamentos sobre o uso político de órgãos reguladores e o cerceamento da pluralidade de vozes no debate público.

Em nota, Alcolumbre apontou que não exerce influência na decisão

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Em um país onde a comunicação regional ainda é um dos principais canais de informação para a população, decisões como essa — tomadas em contexto eleitoral e com vínculos políticos evidentes — merecem atenção redobrada. A autonomia das rádios educativas deve ser preservada, e o uso de critérios técnicos não pode ser confundido com estratégias de silenciamento político.

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